Hierarquia da Igreja Católica

Santa Jacinta Marto

Nascida em Aljustrel, Fátima, em 11 de março de 19...

Neste artigo iremos aprender um pouco mais sobre a hierarquia da Igreja Católica, seus cargos e ministérios.

A Igreja Católica possui uma organização institucional, porém, todos servem à mesma missão quista por nosso Senhor quando fundou a Igreja para que fosse anunciadora do projeto de salvação.

Aos apóstolos, Cristo conferiu a função de ensinar, governar e santificar em Seu Nome. Aos leigos, por caráter batismal, recebem a missão do povo de Deus.

No Evangelho, Jesus deixa claro aos apóstolos que Pedro teria a primazia, mesmo depois de um momento de fraqueza, quando Pedro nega o Senhor, Ele, já ressuscitado, se dirige a Pedro e o exorta a apascentar o rebanho e renovar seu amor a Ele à Igreja e ao ministério confiado (Jo 21, 15-19).

Tal missão dada a Pedro constitui o fundamento perpétuo da unidade de fé e comunhão da Igreja. Pedro, é a pedra, o vigário de Cristo e cabeça visível da Igreja garantindo que os apóstolos, ao pregarem o Evangelho, permanecessem unos e indivisos, apesar de serem muitos os anunciadores.

A sucessão apostólica, que começou logo após a crucificação quando São Matias foi eleito para ocupar o lugar de Judas Escariotes e ser testemunha da ressureição. E após a morte dos primeiros apóstolos, a missão de evangelização continuou através de pessoas escolhidas pelos próprios apóstolos.

São Pedro, o primeiro papa, consagrou São Lino como bispo, que presidiu o primeiro concílio da Igreja no ano de 67. Durante a perseguição de Nero, São Pedro o escolhe como seu sucessor. São Lino é sucedido por São Anacleto, que ordenou vinte e cinco sacerdotes em Roma e sancionou a veneração ao túmulo de São Pedro e este, por São Clemente, que defendeu a visão hierárquica que influencia até hoje a estrutura da Igreja e continua sendo a parte central da governança. Destes quatro primeiros papas da Igreja, três estão presentes no Novo Testamento.

Se pegarmos como exemplo o Padre de nossa comunidade, sabemos que ele foi ordenado por um bispo. Este bispo já foi padre e como padre, foi também ordenado por um bispo no passado. E se seguirmos em uma sucessiva regressão, sem dúvida alguma, chegaremos até os Apóstolos e, consequentemente, até Cristo. Isto é o que chamamos de sucessão apostólica e esta sucessão que vai de Pedro a Francisco, existe somente na Igreja Católica.

Bom, dada esta introdução para entendermos a base da organização da Igreja, vamos às explicações:

Papa

O papa é o bispo de Roma. Que sucede diretamente a São Pedro e é a cabeça do colégio dos bispos. É o vigário de Cristo e pastor da Igreja na terra. O papa é a autoridade suprema da Igreja, além de possuir o poder ordinário supremo, pleno imediato e universal o qual pode exercer livremente. Outras atribuições do papa é ser o patriarca do Ocidente, primaz da Itália, bispo da diocese de Roma e chefe de estado da Cidade do Vaticano.

Cardeais

Os cardeais da Igreja fazem parte de um colégio que tem por missão garantir a eleição do novo papa e auxiliar o papa, quando convocados, para tratar de temas de maior importância ou auxiliar nos ofícios para os quais são eleitos e no cuidado cotidiano da Igreja. Apesar de não haver um limite de quantidade de cardeais, para o conclave (votação que elege o novo papa) não pode haver mais de cento e vinte abaixo de 80 anos. Então, o número de cardeais que atende a estes requisitos, nunca excede este número.

Bispos

Os bispos são os sucessores dos Apóstolos e desta forma, pastores da Igreja. Eles são os mestres da doutrina, ministros do governo e sacerdotes do culto sagrado. Tem por missão, ensinar, governar e santificar a Igreja por meio da comunhão hierárquica com a cabeça da Igreja (Papa) e os membros do colégio (Cardeais). Os bispos se dividem em diocesanos (caso sejam responsáveis por alguma diocese) e titulares e quem os nomeia é o Papa.

Arcebispos

O arcebispo é o bispo que preside a província eclesiástica metropolitana que em resumo, são as dioceses mais antigas de onde derivaram as dioceses menores. Tem o papel de honra e é responsável pela organização e intervenção nas dioceses que participam da província, de acordo com o direito.

Padres (Presbíteros)

Cristo, por meio dos Apóstolos a quem Deus Pai santificou, tornou os bispos seus sucessores e estes, transmitiram legitimamente em grau diverso e em diversos sujeitos, seu ministério. Sendo assim o ministério eclesiástico instituído por Deus, é exercido em diversas ordens desde a antiguidade (bispos, presbíteros e diáconos).

Os presbíteros recebem, através do sacramento da Ordem, em grau diverso dos bispos, a configuração a Cristo e são, desta forma, cooperadores da ordem episcopal, sendo o segundo grau do sacramento da ordem. Eles agem in persona Cristi, ou seja, na administração dos sacramentos, eles agem de modo real, na pessoa de Cristo, eterno Sacerdote.

Devem ser homens idôneos, celibatários, com a devida formação filosófica-teológica e senso do sagrado, além de terem a idade mínima de 25 anos. O processo de formação de um padre, consiste em oito anos de seminário com graduação em teologia e/ou filosofia (pode entrar no seminário já com a graduação completa) e ter sido ordenado diácono.

Existem títulos que pertencem ao presbiterato, que são em resumo: vigário, pároco, capelão, reitor, cônego, chanceler, etc.

Diáconos

São o primeiro grau da ordem e tem raízes nas Escrituras e na tradição. Os primeiros diáconos eleitos são mencionados nos Atos dos Apóstolos e tinham por ministério a assistências aos órfãos, viúvas e pobres. São colaboradores dos sacerdotes na administração de alguns dos sacramentos e sua principal função é a dedicação aos ministérios da assistência e caridade.

Leigos

Os leigos são todos os fiéis, que incorporados em Cristo através do batismo, constituem o povo de Deus. São parte fundamental e da vida da Igreja e quando vivem sua vocação segundos seus dons e carismas, são essenciais para o bem da Igreja. Os leigos podem participar dos assuntos da igreja, contudo, devem acatar as orientações, com obediência cristã, conforme a hierarquia. Os leigos podem exercer ministérios como o da palavra, da comunhão, presidir orações litúrgicas, pastorais como a da família, caritas, etc.

Otávio Rockenbach