As imagens na Igreja
Neste artigo vamos explicar sobre o uso de imagens na liturgia e nos momentos de oração pessoal.
Os católicos são idólatras? Para quem conhece minimamente a Igreja, a resposta é óbvia. Não, nós não somos idólatras pois não adoramos a ídolos, imagens ou esculturas.Essa acusação é muito comum pela falta de entendimento e às vezes pela má fé. Ao ver alguém ajoelhado perante uma imagem, ícone, cruz ou qualquer outra coisa, pensam estarmos adorando a algo que não pode tirar nem o próprio pó.Muitos se valem da passagem em Ex 20:3-6 para condenar o uso de imagens, mas parecem que param a leitura por aí mesmo, pois em Ex 25,18 Deus dá instruções claras para a ornamentação da arca da aliança com querubins. Ora, Deus se contradiz ou o problema não está na imagem e sim nos Ídolos?Não é um fato desconhecido que as gerações, pouco a pouco, estão ficando cada vez menos interessadas pela busca da Verdade e mais interessadas nos retornos imediatos. O próprio conhecimento do nosso idioma nativo está cada vez mais em desuso.Muitas vezes as pessoas por quererem interpretar as escrituras como melhor lhe convém, catam, aqui e ali, versículos que acreditam pôr em dúvida a doutrina da Igreja. E muitas vezes, conseguem convencer algumas pessoas.Existe uma diferença colossal entre imagem e ídolo. Uma imagem é um ícone, é algo decorativo, que nos exorta à meditação e oração, uma alegoria que conta uma história ou algo que simplesmente adorna um ambiente. Ídolo, por outro lado, é um objeto de adoração. É algo que se acredita ter poderes divinos, que é tratada como uma divindade. Conhecer estas duas palavras já resolvem nosso problema com o uso de imagens na Igreja.As imagens em uma igreja ou em uma casa, embelezam e são fonte de inspiração para nossa vida de oração. Quantas vezes pegamos fotos de entes queridos que já partiram ou de momentos importantes, ou objetos que nos remetem a lembranças de nossa vida e os admiramos? Responda com sinceridade, isso é idolatria? Obviamente, não.Ao ajoelhar-se para rezar diante de uma imagem, pintura ou crucifixo, não estamos adorando o objeto, de forma alguma. O objeto é um meio para um fim. O fim é conversar com Deus e adorá-lo, estar diante dele. O meio, é o que o objeto nos inspira, o que ele representa e como ele auxilia nas orações e em lembrarmos, seja da vida exemplar de um santo, seja do sacrifício e da vitória de Cristo na cruz.
Otávio Rockenbach
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