O que são e o que não são os Santos
Vamos aprender sobre o que são os Santos e o que não são. Além de entendermos o que a Igreja nos diz sobre isto e como e porque devemos venerá-los.
O que são os Santos?
Podemos começar entendendo o que é a santidade: Podemos definir, de forma simples, a santidade como sendo a presença próxima de Deus em uma pessoa. Deus é Santo, e uma pessoa próxima a ele é Santa na proporção em que se aproxima de Deus. Podemos observar essa definição na iconografia católica. Os santos são retratados com auréolas e estas, representam a luz de Deus. Em resumo, Deus é a fonte de toda a luz e os santos, refletem esta luz divina no mundo. Como São Pedro diz (2 Pd 1,4): “Quanto mais graça um homem tem, mais semelhante a Deus ele se torna”. Um santo ou santa, é alguém que viveu neste estado de santidade na terra, alguém que soube amar a Cristo e seus irmãos, foi bondoso e humilde em suas ações e palavras e teve controle de suas virtudes. Viveu a santidade em cada ato da vida, como diz São Vicente de Paulo: “um cristão não deveria fazer coisas extraordinárias, mas fazer extraordinariamente bem as coisas ordinárias”. Os santos são para nós, então, fonte de inspiração para nossa vida. Cada um nos serve de exemplo de como travar as batalhas contra o inimigo, contra nós mesmos e a carne. E os honramos por estarem agora, na glória de Deus, onde intercedem a Ele por nós. Os santos pertencem a todas as épocas, viveram no passado e vivem hoje, entre nós. Pessoas que viveram neste mundo, das mais diversas terras e épocas e de Reis e Rainhas a sapateiros, agricultores e donas de casa. Existem pessoas que viveram a santidade e não são celebradas como santos pela Igreja? Evidente que sim. Quantos mártires existiram nos primeiros séculos da Igreja e sequer sabemos seus nomes? Quantas pessoas dedicaram sua vida à Cristo e à Igreja sem sabermos? Os Santos canonizados são fiéis que a Igreja conheceu, ou por serem próximos ou pelos pedidos de canonização recebidos. Devemos lembrar que o céu não é só para santos canonizados, mas sim, para todos os que morreram em Cristo. Sobre isto a Igreja nos diz o seguinte: “Mesmo aqueles que sem culpa ainda não alcançaram um conhecimento expresso de Deus, e que se esforçam, não sem a graça divina, para levar uma vida reta, a Providência Divina também não lhes nega os auxílios necessários para a salvação.” - Gaudium et Spes “Aqueles que, ignorando irrepreensivelmente o Evangelho de Cristo e da sua Igreja, procuram a Deus com coração sincero e procuram, sob a influência da graça, cumprir a sua vontade, conhecida pelo juízo da consciência, podem alcançar a salvação eterna.” - Lumen GentiumO que não são os Santos?
Muitas vezes somos atacados como “adoradores” dos santos, mas devemos ter muito claro que os santos não são divindades, nem devem ser cultuados como Deus. Como dito anteriormente, os santos são fontes de inspiração para nós, são homens e mulheres que venceram o mundo e hoje estão no céu, junto a Deus. Nós rezamos aos santos, por este motivo, por sabermos que estão no céu, junto de Deus e de lá, podem interceder por nós a Ele. Assim como intercedemos aqui uns pelos outros, ao rezar pela saúde de alguém, ou dar graças à vida de um familiar. Devemos olhar para os santos com confiança de que assim como eles venceram, nós também podemos vencer e chegar à santidade um dia, fazendo da nossa vida uma agradável oferta a Deus. A devoção em algum santo ou santa, deve servir para reforçar nossa fé. Otávio Rockenbach
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