Santa Batilda
Nome Completo
Batilda
Nascimento
626 - Soissons
Falecimento
30/01/680 - France
Canonização
Sem informação
Memória Litúrgica
26/01

Santa Batilda, também conhecida como Rainha Batilda, nasceu em 626, de origem anglo-saxã, e pertencia à nobreza. Em 641, durante uma viagem marítima, foi capturada por piratas e vendida como escrava na França, onde serviu como escrava da esposa de Erquinoaldo, mordomo do palácio do rei Clóvis II da Nêustria e Borgonha.

Sua virtude e qualidades pessoais fizeram com que ela fosse confiada com muitas responsabilidades na casa de Erquinoaldo. Quando a esposa de Erquinoaldo faleceu, ele propôs casar-se com Batilda, mas ela recusou e se afastou até que ele se casou novamente.

O rei Clóvis II ficou impressionado com a beleza, graça e virtudes de Batilda quando a viu na casa de Erquinoaldo. Em 649, ele a libertou da escravidão, casou-se com ela e tiveram três filhos: Clotário, Childerico e Teodorico.

Como rainha, Batilda governou como regente após a morte do rei Clóvis II em 657, cuidando de seu filho de cinco anos, Clotário III. Ela demonstrou sabedoria e justiça em seu governo, recebendo conselhos de pessoas influentes, como Erquinoaldo e vários bispos. Durante seu reinado, Batilda tomou medidas enérgicas e corajosas, incluindo o fim do tráfico de escravos, a abolição de impostos injustos sobre os mais pobres e a oposição à prática da simonia, que envolvia a comercialização de objetos sagrados.

Sua generosidade era notável, reservando grandes somas de dinheiro para resgatar cativos e fundar instituições de caridade, como hospitais e monastérios. Ela também protegeu mosteiros e abadias. Apesar de suas ações benevolentes, Batilda enfrentou perseguições, principalmente daqueles que não concordavam com suas políticas e consideravam sua generosidade inconveniente.

Aos 31 anos, passou o governo para seu filho Clotário III, que havia atingido a maioridade, e ela voltou ao seu desejo de uma vida religiosa retirada. Ela se recolheu ao convento de Chelles, perto de Paris, que ela havia restaurado em 662. Lá, viveu uma vida de austeridade, dedicando-se a jejuns, orações, trabalhos humildes e cuidado com os doentes e pobres.

Santa Batilda faleceu em 30 de janeiro de 680 e foi sepultada em Chelles, ao lado de seu filho Clotário III.

Ela foi beatificadapelo Papa Nicolau I, e seu túmulo atraiu peregrinos devido à fama de seus milagres. Em 833, seus restos mortais foram transladados para a igreja da Virgem de Chelles.