São Porfírio, um tecelão nascido na Grécia em uma família abastada, tomou uma decisão que mudaria o rumo de sua vida aos 25 anos. Optou por uma vida de austeridade, buscando solidão e penitência nas margens do Rio Jordão. No entanto, essa escolha o levou a contrair uma doença, forçando-o a se mudar para Jerusalém, onde moderou sua austeridade, mas continuou a dedicar-se à oração e a visitar os lugares sagrados diariamente, apesar de sua condição física.

Em um momento de profunda oração, inspirado pela fé, decidiu vender todos os seus bens e distribuir a riqueza aos pobres. Esse ato generoso foi recompensado com um milagroso restabelecimento de sua saúde. Posteriormente, foi ordenado sacerdote em 393 e recebeu a responsabilidade de cuidar das relíquias da Vera Cruz, o madeiro onde Jesus foi crucificado.

A humildade e os milagres marcaram a vida de São Porfírio, que foi posteriormente nomeado bispo de Gaza, na região da Palestina (atual Faixa de Gaza). Ele se dedicou com fervor aos cuidados do povo de Gaza e à conversão dos numerosos pagãos da região. Inspirado por São João Crisóstomo, promulgou um documento que determinava a destruição de templos pagãos, oportunidade que São Porfírio aproveitou para humilhar o demônio e transformar um antigo local de culto idolátrico.

São Porfírio construiu uma igreja católica sobre as ruínas desse templo pagão, transformando o local em um espaço de celebração da Santa Missa e culto ao Deus Verdadeiro. Sua vida foi dedicada à restauração da fé e à eliminação das práticas idolátricas. São Porfírio faleceu em 420, deixando um legado de fé, conversão e serviço ao próximo.