São Gabriel da Virgem Dolorosa, nascido em Assis no dia 1º de maio de 1838, em uma família abastada, enfrentou a perda de sua mãe aos quatro anos de idade e foi criado pelo pai junto com seus doze irmãos. Sua juventude foi marcada por obediência, mas também por acessos de cólera diante das repreensões. Aos dezesseis anos, estava apaixonado pela vida e atraído pelos divertimentos do mundo.

Aos poucos, porém, São Gabriel foi tocado por graves enfermidades que o fizeram repensar sua vida. Na adolescência, esteve à beira da morte e prometeu ingressar numa congregação religiosa se fosse curado. Embora tenha se recuperado, esqueceu-se dessa promessa. Em outro momento de enfermidade, renovou a promessa e, ao receber a cura, esqueceu-se novamente.

A morte de uma de suas irmãs por cólera foi um golpe devastador para São Gabriel. A partir desse momento, sentiu um chamado à vida religiosa. Consultou seu pai, que o aconselhou a refletir profundamente antes de tomar essa decisão. Entretanto, São Gabriel continuou sendo atraído pelo mundo e adiou a promessa novamente.

Foi em uma procissão, ao ver a imagem de Nossa Senhora, que São Gabriel sentiu uma chamada irresistível. Maria parecia olhá-lo ternamente e, em seu coração, ouviu o chamado para deixar o mundo e abraçar a vida religiosa. Nesse momento, a decisão foi tomada de forma definitiva.

São Gabriel de Nossa Senhora das Sete Dores professou como membro dos passionistas, dedicando-se profundamente à paixão do Salvador e cultivando uma devoção especial à Santa Mãe de Deus. Iniciou seus estudos e, em 1861, recebeu as ordens menores.

Após cinco anos de vida religiosa dedicada à oração, penitência e estudo, São Gabriel foi acometido pela tuberculose, que o levou da vida terrena em 1862, aos vinte e quatro anos de idade. Suas últimas palavras foram dedicadas aos sagrados nomes de Jesus, Maria e José.

Foi beatificado por Pio X em maio de 1908 e canonizado em maio de 1920 por Bento XV.