São Elias, o grande profeta do Antigo Testamento, é uma das figuras mais marcantes da história da salvação. Seu nome significa “O Senhor é meu Deus” (em hebraico: Eliyahu), e sua vida foi um testemunho ardente da fidelidade ao Deus único em tempos de apostasia, idolatria e corrupção.

Natural de Tisbé, na região de Gileade, Elias surge nas Escrituras como porta-voz da vontade de Deus em meio ao reinado infiel de Acab e da rainha Jezabel, que promoviam o culto ao falso deus Baal. Com coragem e zelo profético, Elias enfrentou os poderosos, realizou milagres, como a multiplicação da farinha e do azeite e a ressurreição do filho da viúva de Sarepta, e finalmente desafiou os profetas de Baal no Monte Carmelo, fazendo descer fogo do céu como sinal do verdadeiro Deus.

Mas também foi homem de oração e intimidade com Deus: no deserto, desanimado, foi sustentado por um anjo e ouviu a voz de Deus no “sopro suave” do Horeb (1Rs 19). Elias nos revela que o poder de Deus não está apenas no espetáculo, mas sobretudo na escuta silenciosa e obediente.

Foi arrebatado ao céu num carro de fogo, sem conhecer a morte (2Rs 2,11), e por isso é símbolo da esperança na vida eterna e figura do Cristo glorificado. No Novo Testamento, ele aparece ao lado de Moisés na Transfiguração de Jesus, representando os profetas da antiga aliança.