Santa Bibiana, uma figura inspiradora da fé cristã, nasceu em Roma em uma família profundamente devota. Seus pais sofreram martírio nas mãos do imperador Juliano, conhecido como "o Apóstata", durante sua cruel perseguição aos seguidores de Cristo. Flaviano, seu pai, foi marcado como escravo e morto, enquanto Defrosa, sua mãe, enfrentou a decapitação. Bibiana e sua irmã Demétria foram levadas à prisão após a morte de seus pais.

A fé inabalável de Demétria serviu como um testemunho poderoso para Bibiana, que também permaneceu firme em sua crença cristã. Demétria foi martirizada primeiro, submetida a terríveis torturas na presença de sua irmã. Em seguida, Bibiana enfrentou um desafio particularmente insidioso: o governador local tentou forçá-la a renunciar à sua fé, levando-a a um bordel de luxo para ser prostituída. No entanto, um fenômeno miraculoso ocorreu, onde qualquer homem que a tocasse era acometido por insanidade. Transferida para um asilo de loucos, Bibiana novamente desafiou as expectativas, pois sua presença ali resultou em cura para os doentes.

Apesar das provações, Bibiana permaneceu firme em sua devoção a Cristo. Seu martírio culminou em ser chicoteada até a morte, e seu corpo foi lançado aos cães selvagens. No entanto, um novo milagre aconteceu, já que os cães recusaram-se a tocar em seu corpo, mantendo uma distância respeitosa. Seus restos foram recolhidos pelos fiéis e enterrados ao lado de sua família no monte Esquilino, em Roma.

A veneração por Santa Bibiana cresceu, e o papa Simplício mandou construir uma pequena igreja sob seu túmulo em 407 d.C. Posteriormente, uma basílica foi erguida sobre as ruínas dessa igreja, e suas relíquias foram colocadas sob o altar-mor. A devoção a Santa Bibiana também se estendeu geograficamente, tornando-a padroeira não apenas da cidade de Sevilha, na Espanha, mas também da diocese de Los Angeles, nos Estados Unidos. Sua celebração é realizada em 2 de dezembro, marcando a data de sua morte em Cristo.