Chiara veio de uma família nobre e rica chamada Offreducci. Quando ela tinha doze anos, Francisco de Assis realizou o ato de se despir de todas as suas roupas para devolvê-las a seu pai. Esse gesto inspirou Chiara e, sete anos depois, na noite do Domingo de Ramos de 1211 ou 1212, ela fugiu de casa para encontrar Francisco na Porciúncula. Francisco cortou seus cabelos e a fez vestir o hábito franciscano, então a levou ao mosteiro beneditino de São Paulo em Bastia Umbra. Apesar das tentativas de seu pai de fazê-la voltar para casa, Chiara se refugiou na Igreja de São Damião, onde fundou a Ordem feminina das "pobres clarissas" (posteriormente chamadas Clarissas) e se tornou abadessa. Francisco lhe deu uma primeira Regra e, posteriormente, Chiara escreveu a Regra definitiva, obtendo o "privilégio da pobreza" do Papa Gregório IX.

Chiara não aceitou compromissos em relação à pobreza e rejeitou uma regra mais mitigada oferecida pelo cardeal Ugolino, que mais tarde se tornou o Papa Gregório IX. No final, foi concedido a ela o "privilégio da pobreza", que foi confirmado pelo Papa Inocêncio IV. Apesar de sua austeridade, Chiara era consciente da importância de cuidar do corpo e da saúde de suas consorores, como demonstrado por suas cartas a Inês de Praga.

Em 17 de fevereiro de 1958, Pio XII declarou Chiara a santa padroeira da televisão e das telecomunicações. Conta-se que durante uma missa de Natal, Chiara não pôde participar devido à sua doença. No entanto, ela teve uma visão da missa e, no momento da comunhão, um anjo lhe apresentou a hóstia consagrada.

Chiara era devota à Eucaristia e dizem que durante dois cercos a Assis pelo exército do imperador Frederico II, ela levou o Santíssimo Sacramento às muralhas da cidade. Dizem que o exército fugiu ao ver esse gesto. Esse evento é comemorado todos os anos em Assis em 22 de junho com a "festa do voto" das clarissas.

Santa Chiara de Assis é um ícone de fervor espiritual, humildade e compromisso com a pobreza e amor à Eucaristia.