
A história dos Santos Mártires das Missões, Roque González, Alonso Rodríguez e Juan del Castillo, é um exemplo notável do trabalho missionário e do martírio no contexto da colonização das Américas no século XVII.Santo João de Castilho, também conhecido como Juan de Castillo, nasceu em 14 de setembro em Belmonte, Espanha, e foi um jesuíta e missionário nas Reduções durante o Primeiro Período das missões.Sua atuação como missionário ocorreu em uma época em que os bandeirantes caçavam e escravizavam o povo Guarani nas Reduções Jesuítas. Os bandeirantes viam nas Reduções um grande número de índios e uma facilidade para capturá-los, o que levou a conflitos e perseguições.Santo João de Castilho foi vítima da incompreensão humana e da hostilidade de certos líderes indígenas, como o cacique Nheçu, que acreditava que eliminando os padres jesuítas afastaria a ameaça dos bandeirantes.Em 1628, junto com os jesuítas Alonso Rodríguez e Roque González, fundou uma nova redução às margens do rio Ijuí, dedicada à Assunção de Nossa Senhora. No entanto, a missão logo foi atacada por nativos hostis, instigados por um líder local. Roque González, Alonso Rodríguez e Juan del Castillo foram mortos durante o ataque, tornando-se mártires pela fé em Cristo e na Igreja.Após o martírio de São Roque Gonzáles e São Afonso Rodrigues em 15 de novembro de 1628, Santo João de Castilhos foi perseguido e capturado pelos indígenas enfurecidos. Ele foi torturado e arrastado por mais de quatro quilômetros até sua morte. Durante sua agonia, ele repetia as palavras "Tupanrehê," que significam "Seja por amor de Deus."Os documentos originais que detalhavam o martírio dos missionários foram perdidos, mas cópias foram descobertas na Argentina em 1934. Com base nesses documentos, os missionários foram beatificados pelo Papa Pio XI em 1934 e canonizados pelo Papa João Paulo II em 1988. Seu trabalho missionário e martírio são lembrados como exemplos de dedicação à fé e ao serviço aos povos indígenas das Américas.