Santo Luciano da Antioquia foi um sacerdote, mas sua associação inicial com o que viria a ser conhecido como arianismo o levou a percorrer um caminho de correção e martírio.

Nascido em Samósata, na Síria, Luciano cresceu em uma família cristã e, após a morte de seus pais, dedicou-se à vida religiosa e aos estudos teológicos em Edessa. Ele se tornou um sacerdote e fundou uma escola de catequese em Antioquia, que se tornou muito respeitada e formou vários líderes da Igreja.

Luciano inicialmente apoiou uma doutrina que mais tarde se tornaria conhecida como arianismo, que questionava a divindade plena de Jesus Cristo e o considerava "inferior a Deus". No entanto, ele logo percebeu seu erro e começou a combater vigorosamente essa heresia.

A luta contra o bispo Paulo de Samosata, que sustentava a doutrina ariana, resultou em Luciano sendo preso e passando sete anos acorrentado. Mesmo na prisão, ele celebrava a Santa Missa para confortar seus companheiros de prisão, usando seu próprio peito como altar.

Quando o imperador Maximino Daia percebeu que Luciano não renunciaria à sua fé, submeteu-o a terríveis torturas. Luciano permaneceu firme em sua devoção cristã e se recusou a ingerir carne sacrificada a deuses pagãos, mesmo quando estava faminto. Ele foi finalmente executado com uma espada e seu corpo lançado ao mar.

O culto a Santo Luciano da Antioquia cresceu, especialmente após o imperador Constantino se converter ao cristianismo e escolher a sepultura de Luciano como o local de seu batismo. Isso espalhou ainda mais o culto de Santo Luciano pelo Oriente e pelo Ocidente.

É importante notar que Santo Luciano da Antioquia não deve ser confundido com o filósofo e jurista grego Luciano de Samósata, que viveu em uma época diferente e era conhecido por suas obras literárias satíricas. A confusão entre os dois homônimos é um detalhe interessante de sua história.