Santa Catarina de Ricci
Nome Completo
Alessandra Lucrezia Romola
Nascimento
23/04/1522 - Firenze
Falecimento
02/02/1590 - Prato
Canonização
29/06/1746
Memória Litúrgica
13/02

Santa Catarina de Ricci nasceu no dia 25 de abril de 1522, na nobre e rica família Ricci, em Florença. Seus pais, Pedro Francisco e Catarina, já tinham três filhos homens e ficaram radiantes com a recém-chegada. No entanto, a vida de Santa Catarina de Ricci seria marcada por desafios desde cedo, pois sua mãe faleceu quando ela tinha apenas quatro anos.

A responsabilidade por sua criação recaiu sobre sua avó paterna, que desde cedo percebeu a vocação religiosa da menina. Aos seis anos, Santa Catarina foi confiada à educação das irmãs beneditinas em Prato, uma cidade próxima. Foi lá que sua vontade de seguir a vida religiosa floresceu. Após concluir seus estudos, em vez de retornar à luxuosa vida de sua família, Santa Catarina optou por continuar vivendo sob as regras do convento.

Nesse período, a Europa estava sendo agitada pela revolta de Martinho Lutero e a contra-reforma da Igreja. Santa Catarina, agora chamada de Sandrina por seus familiares, enfrentou a oposição da família, que desejava vê-la casada e contribuindo para a fortuna da linhagem. No entanto, ela permaneceu firme em sua decisão de se dedicar completamente ao catolicismo.

Seu pai, Pedro Francisco, inicialmente relutou em aceitar essa escolha, mas Sandrina perseverou em seu desejo de uma vida casta e religiosa. Seu tio paterno, padre Timóteo, intercedeu junto ao irmão e convenceu-o de que Sandrina estava plenamente convicta de sua vocação. Com a bênção de seu amado pai e irmãos, Sandrina ingressou no convento das dominicanas em Prato. Lá, ela tomou o hábito e escolheu o nome de Catarina, em homenagem à sua mãe falecida e a Santa Catarina de Sena, que era sua inspiração.

Catarina de Ricci se tornou uma das místicas mais respeitadas e viveu experiências religiosas impressionantes. Todas as quintas-feiras da Paixão, ela sofria as dores de Cristo, que duravam até a sexta-feira. Seu sofrimento era profundo e único. No entanto, Catarina não se isolou por causa de suas experiências místicas; ela participou ativamente da vida comunitária e até assumiu cargos de responsabilidade no convento, desempenhando suas funções com dedicação e disciplina. Aos trinta anos, tornou-se vice-prioresa do convento devido à sua sabedoria espiritual.

Por sua capacidade de equilíbrio, Catarina foi considerada uma mestra espiritual e aconselhou sacerdotes, bispos e cardeais. Manteve correspondência frequente com três contemporâneos notáveis: Carlos Borromeu, Filipe Néri e o Papa Pio V, todos eles posteriormente venerados pela Igreja.

Santa Catarina de Ricci faleceu em 2 de fevereiro de 1590, no convento onde foi sepultada, e suas relíquias ainda são preservadas em Prato, Itália. Ela foi beatificada em 1732 e canonizada em 1746 pelo Papa Bento XIV.

Vários pontífices prestaram homenagens a ela, incluindo o Papa João Paulo II em 1986, que elogiou sua profunda experiência contemplativa e seu dom da sabedoria, que permitiu que ela oferecesse palavras de luz e esperança às necessidades das pessoas com caridade ardente e generosa.