
Caterina Fieschi Adorno, nascida em Gênova em 2 de abril de 1447, foi a última de cinco filhos e ficou órfã de seu pai, Giacomo Fieschi, ainda muito jovem. Sua mãe, Francesca di Negro, proporcionou-lhe uma educação cristã sólida, levando à decisão de sua irmã mais velha se tornar religiosa.Aos dezesseis anos, Caterina casou-se com Giuliano Adorno, que após experiências comerciais e militares no Oriente Médio, retornou a Gênova para se casar. A vida matrimonial foi difícil devido ao caráter do marido, envolvido em jogos de azar. Inicialmente, Caterina também levou uma vida mundana, mas sentia um vazio profundo após dez anos de casamento.Sua conversão ocorreu em 20 de março de 1473, quando, ao confessar-se em uma igreja e monastério, ela teve uma experiência mística profunda, sentindo o imenso amor de Deus e sua própria miséria. Essa experiência a levou a abandonar o mundo e os pecados. Após uma experiência com Jesus carregando a cruz, ela fez uma confissão sincera e começou uma vida de purificação e penitência.Caterina se aproximou cada vez mais de Deus, entrando em uma "vida unitiva" de profunda união com Ele. Ela foi guiada pelo amor de Deus e viveu sem a dependência de criaturas, nutrindo-se da oração constante e da Comunhão diária, algo incomum na época. A experiência mística foi mantida em segredo por sua profunda humildade.Como diretora do hospital Pammatone, Caterina atraiu discípulos e colaboradores fascinados por sua fé e caridade. Até seu marido se converteu e ajudou-a no hospital. Ela se dedicou à assistência aos doentes até sua morte em 15 de setembro de 1510. Sua vida foi marcada por sua profunda união mística com Deus e sua dedicação aos mais necessitados através do hospital. Ela equilibrou sua vida entre Deus e o próximo, deixando um legado de fé e serviço.