
Santo Alberto de Magno, conhecido como "Magno" devido à sua grandeza intelectual, foi uma figura notável da Idade Média. Seus contemporâneos o chamaram de "Doutor Universal" e consideraram seu conhecimento quase divino. Nascido em 1206 no castelo de Lauingen, na Suábia, ele pertencia à família dos Bollstädt. Pouco se sabe sobre seus primeiros anos de vida e quando ele ingressou na Universidade de Pádua.Em 1229, ele se tornou um frade dominicano pregador. Suas lições eram tão influentes que atraiu multidões de estudantes e discípulos, o que o levou a lecionar em uma praça pública em Paris, que passou a ser chamada de praça Maubert em sua homenagem. Em 1254, ele foi eleito superior provincial de sua ordem na Alemanha, mas optou por viver uma vida simples e humilde, abrindo mão de sua cátedra em Paris. Ele viajava a pé, pedindo esmolas no caminho para se alimentar, fundando e renovando conventos por onde passava.Em 1260, ele foi nomeado bispo de Ratisbona, mas após dois anos, pediu demissão, voltando ao seu trabalho como professor na Universidade de Colônia. Participou ativamente na união da Igreja grega com a latina no Segundo Concílio de Lyon, em 1274. Santo Alberto Magno dedicou sua vida à busca do encontro entre ciência e fé. Ele escreveu mais de vinte e duas obras sobre teologia e ciências naturais, abrangendo temas como filosofia, química, física e botânica, além de tratados sobre artes práticas como tecelagem, navegação e agricultura. Sua profunda observação e amor pela natureza também se destacaram.Três anos antes de sua morte, começou a perder a memória. Construiu sua própria sepultura e rezava o ofício dos mortos todos os dias. Faleceu serenamente em 15 de novembro de 1280. Santo Alberto Magno foi beatificado em 1622 e canonizado em 1931 pelo Papa Pio XI, que também o proclamou doutor da Igreja. Uma década depois, o Papa Pio XII o declarou padroeiro dos estudiosos das ciências naturais. Sua contribuição como filósofo, teólogo e amante da natureza ainda é admirada até os dias de hoje.