Santa Brígida, também conhecida como Santa Brígida da Suécia, é uma figura venerada não apenas como padroeira da Suécia, mas também como copadroeira da Europa. Sua vida é um exemplo de devoção, serviço e compromisso com a fé cristã.

Brígida nasceu em uma família aristocrática e desde jovem sentiu uma forte vocação religiosa. No entanto, a pedido de seu pai, ela aceitou casar-se com Ulf, o governador de uma região importante no Reino da Suécia. O casamento deles foi abençoado com oito filhos, um dos quais, Catarina, também foi canonizado.

Durante a primeira parte de sua vida, Brígida e seu marido adotaram a Regra das Terciárias Franciscanas e fundaram um pequeno hospital. Ela também estudou a Bíblia e foi elogiada por sua pedagogia, sendo convocada pelo rei da Suécia para educar a jovem rainha em cultura sueca. Após a morte de seu marido, Brígida tomou uma decisão crucial: desfez-se de seus bens e ingressou no mosteiro cisterciense de Alvastra.

Sua vida monástica foi marcada por experiências místicas, que ela posteriormente relatou em oito livros de Revelações. Em 1349, Brígida foi a Roma em busca do reconhecimento de sua Ordem, dedicada ao Santíssimo Salvador. Ela estabeleceu-se na Cidade Eterna, onde fundou uma casa na Praça Farnese, que ainda hoje abriga a Cúria Geral das Brigidinas.

Santa Brígida não apenas vivia uma vida de devoção espiritual, mas também se preocupava com a situação degradada de Roma na época, devido à ausência do Papa em Avinhão. Ela implorou ao Papa para retornar definitivamente a Roma, um desejo que não foi realizado durante sua vida, mas que eventualmente se concretizou com o Papa Gregório XI.

Além de seu compromisso com a Igreja e sua busca pela paz na Europa, Santa Brígida também dedicou-se à caridade, vivendo na pobreza e pedindo esmolas nas igrejas. Ela realizou peregrinações por diversos lugares da Itália e até à Terra Santa, mesmo em idade avançada.

A espiritualidade de Santa Brígida estava centrada na Paixão de Cristo e na devoção à Virgem Maria. Ela é conhecida por criar o "Rosário Brigidino" e promover orações especiais ligadas às graças que Jesus lhe prometeu para aqueles que as praticassem.

Santa Brígida faleceu em Roma em 23 de julho de 1373, deixando sua Ordem nas mãos de sua filha Catarina, que também se uniu a ela em sua vida monástica. A Igreja reconheceu a autenticidade de suas experiências interiores e sua devoção, e ela foi muito querida pelos Papas, incluindo São João Paulo II e Bento XVI, que destacaram sua importância na história da fé cristã.