Santa Maria de Edessa nasceu em uma família nobre na Síria. Seus pais faleceram quando ela tinha apenas 7 anos, deixando-a órfã. No entanto, Maria encontrou acolhimento e orientação em seu tio, Santo Abraão Kidunaia, um eremita que a introduziu em uma vida dedicada à fé e à oração.

Durante duas décadas, Maria viveu como anacoreta, seguindo os conselhos espirituais de seu tio e buscando uma vida profunda de devoção e sacrifício. No entanto, sua vida tomou uma reviravolta inesperada quando um monge de moral duvidosa a seduziu. Após ceder à tentação, Maria foi tomada pelo desespero e pela vergonha, levando-a a fugir para longe, abandonando sua vida de virtude.

Essa queda a levou a se esconder daqueles que a amavam e a uma vida de pecado. Maria acreditava que sua queda era irreparável e que nunca mais poderia retornar ao seu estado anterior de santidade. No entanto, essa fase sombria de sua vida não foi o fim de sua jornada espiritual.

Santo Abraão, seu tio, recebeu uma visão reveladora de um dragão e uma pomba, simbolizando a luta e a redenção de Maria. Com o coração cheio de amor e preocupação, ele partiu em busca de sua sobrinha perdida. Ao encontrá-la, Santo Abraão a lembrou: "Não há nada de novo em cair na luta; o pior é continuar deitado lá". Maria foi tocada pelo amor incondicional e pela compaixão de seu tio e decidiu voltar ao caminho da penitência e da busca espiritual.