São Policarpo nasceu em 69 d.C. numa família cristã abastada em Esmirna, na Ásia Menor (atual Turquia). Seu biógrafo e discípulo predileto, Irineu, transmitiu relatos valiosos sobre sua vida e legado. Policarpo teve a honra de ser discípulo do apóstolo João e conviveu com outros apóstolos, tornando-se um exemplo de fé e integridade.

Após 16 anos de preparação, Policarpo foi consagrado bispo de Esmirna por João, o Evangelista. Ele era amigo íntimo de Inácio de Antioquia e esteve presente em momentos-chave da história da Igreja, incluindo a discussão sobre a data da celebração da Páscoa entre as igrejas do Oriente e do Ocidente. Policarpo não buscava apenas a administração eclesiástica; seu foco principal era fortalecer a fé de seu rebanho.

Em sua única carta que chegou até nós, dirigida aos filipenses, Policarpo exaltou a fé em Cristo e enfatizou sua importância na vida diária dos cristãos. Durante a perseguição de Marco Aurélio, ele teve uma visão do martírio que o aguardava e foi preso. Diante da pressão para renegar sua fé, Policarpo recusou-se e proclamou sua lealdade a Cristo, sendo condenado à morte. Embora a profecia de ser morto pelo fogo não se tenha concretizado, foi executado à espada. Seu martírio é um dos registros mais antigos do martirológio cristão e sua devoção continua viva até os dias de hoje.