
Bento, cujo nome é associado à Ordem Beneditina, nasceu por volta do ano 750, filho de Aigulfo, o governador de Languedoc, na França. Sua juventude foi marcada por servir como copeiro para o Rei Pepino e posteriormente para seu filho, Carlos Magno. Durante esse período, ele desfrutou de grande prestígio e riqueza. No entanto, aos vinte anos, Bento sentiu a graça divina penetrar profundamente em sua alma, levando-o a buscar o Reino de Deus com todo o coração.Mesmo mantendo seu posto na corte, Bento viveu uma vida de extrema mortificação por três anos. Sua transformação espiritual foi tão profunda que ele jurou abandonar o mundo após sobreviver a um afogamento quase fatal. Assim, ele ingressou no claustro de Saint-Seine.Como monge, Bento foi agraciado com o dom das lágrimas e recebeu inspiração divina para compreender as realidades espirituais. Ele serviu como procurador do mosteiro, cuidando das necessidades dos irmãos e demonstrando hospitalidade aos pobres e visitantes. Embora tenha recusado a função de abade, Bento construiu seu próprio eremitério às margens do riacho Aniane, onde viveu em extrema solidão e pobreza por alguns anos.A fama de santidade de Bento atraiu muitas almas ao seu redor, e ele foi forçado a construir uma grande abadia para acomodar os trezentos monges que o seguiam. Bento tornou-se um grande restaurador da disciplina monástica em toda a França e Germânia.Suas contribuições incluíram a compilação de um código de regras beneditinas, que unificou as práticas monásticas entre diferentes mosteiros. Ele também regulamentou detalhes da vida cotidiana, como alimentação e vestimenta, e promoveu a caridade e a igualdade entre os monges. Bento desempenhou um papel fundamental na promoção da regra de São Bento, que foi adotada por todos os monges do Ocidente durante um concílio provincial realizado em 813, sob a direção de Carlos Magno.Santo Bento faleceu em 12 de fevereiro de 821, deixando um legado duradouro na tradição monástica e religiosa, especialmente por meio da Ordem Beneditina.