Nascido em Órleans, na França, São Euquério foi educado desde a infância na fé cristã e ingressou no mosteiro de Lumièges às margens do rio Sena. Lá, ele passou sete anos dedicados à autopenitência, seguindo uma disciplina rigorosa que lembrava a dos monges eremitas do Oriente.

Sua vida monástica o preparou para uma carreira na Igreja, embora tenha inicialmente tentado recusar a posição de bispo de sua cidade natal de Órleans. No entanto, devido à insistência dos irmãos de sua ordem e do povo, ele acabou aceitando a responsabilidade. Como bispo, São Euquério foi um defensor apaixonado das tradições e disciplinas da Igreja.

Um dos episódios mais notáveis de seu episcopado foi seu enfrentamento com o rei francês Carlos Martel, que estava interessado em apropriar-se dos bens da Igreja para financiar sua guerra contra os sarracenos muçulmanos. São Euquério não hesitou em dirigir censuras severas ao rei, defendendo os interesses da Igreja e de seu rebanho espiritual. Embora o rei tenha desistido de sua intenção de apreender os bens da Igreja, ele orquestrou a transferência do bispo como retaliação.

São Euquério foi transferido para Colônia, na Alemanha, onde continuou a ser respeitado pelo povo e pelo clero. No entanto, o rei Carlos Martel, em seu desejo de vingança, conseguiu que São Euquério fosse enviado para Liège, afastando-o de sua cidade natal. Lá, ele viveu seis anos no exílio antes de passar seus últimos dias no convento de São Trondom.

São Euquério faleceu em 20 de fevereiro de 743, e suas relíquias foram preservadas na igreja desse convento, na diocese de Mastrichiti.