O legado de São Remigio na construção da França Cristã é incontestável. Como cidadão romano, Remigio testemunhou a queda do Império Romano do Ocidente e o subsequente domínio das tribos bárbaras sobre a Gália. Em meio ao caos, ele emergiu como um líder espiritual, elevado à posição de bispo de Reims em tenra idade, ao lado de seu irmão Príncipe, bispo de Soissons.

Naquela época, a Gália estava fragmentada, com ilhas católicas em um mar de influência ariana. Os Francos, embora menos civilizados, eram guerreiros formidáveis, cuja lealdade à Roma passada os distinguia. Com a ascensão de Clodoveu ao trono franco após a morte de seu pai Childerico, Remigio desempenhou um papel crucial. Suas cartas autoritárias e respeitosas a Clodoveu refletiam sua influência política e religiosa.

A relação entre Clodoveu e Clotilde, sua esposa católica, também foi vital. Influenciado por ambos, Clodoveu liderou os francos na vitória sobre os Visigodos em 507, consolidando seu domínio e estabelecendo a dinastia Merovíngia. Através do batismo ministrado por Remigio, Clodoveu demonstrou sua conversão sincera ao cristianismo.

No entanto, o impacto de São Remigio não se limitou ao aspecto político-religioso. Sua devoção e dedicação ao evangelismo permearam sua vida. Durante quase setenta anos, ele incansavelmente proclamou a fé, guiando aqueles que não eram realeza ou notáveis. Sua devoção obscura e suas ações virtuosas só foram reconhecidas após sua morte, quando o povo o aclamou como santo.

São Remigio moldou profundamente o curso da França Cristã. Sua influência não apenas auxiliou na conversão de Clodoveu e na consolidação do domínio franco, mas também iluminou os corações e mentes daqueles que não eram proeminentes. Sua devoção incansável ecoa através dos séculos, inspirando a devoção e a fé até os dias atuais.