
Sob o reinado de Diocleciano e Maximiano, uma feroz perseguição abateu-se sobre os cristãos, visando aniquilar a religião católica e esmagá-la debaixo da idolatria pagã. Os imperadores ordenaram que todos sacrificassem aos deuses e demônios, recompensando aqueles que o fizessem e executando os que persistissem sendo cristãos, servindo como exemplo.Rogaciano, que vivia em Nantes, se converteu após seu irmão, São Donaciano, ter abandonado o culto aos deuses e se tornar um fervoroso cristão, ensinando outros sobre a fé cristã.Os imperadores enviaram um legado a Nantes com a missão de erradicar a nova fé cristã. Donaciano foi levado à presença do legado e interrogado sobre sua recusa em adorar os deuses. Donaciano confirmou sua rejeição aos deuses pagãos e expressou sua missão de levar as pessoas ao único Ser digno de adoração, Cristo. O legado o prendeu e ordenou sua morte, acreditando que sua influência era contagiosa.Rogaciano também foi abordado pelo legado, que tentou persuadi-lo a abandonar sua fé e adorar os deuses pagãos, prometendo honras e vida em troca. Rogaciano rejeitou veementemente as propostas e repreendeu o legado por adorar deuses feitos de metal, afirmando que era impossível uma religião baseada no culto a uma pedra. O legado furioso ordenou que fossem mortos, e o sangue de Rogaciano fosse sua unção.Na noite anterior à execução, os irmãos rezaram fervorosamente. Donaciano suplicou a Deus para que a fé pura de Rogaciano fosse imputada como batismo, caso ele não tivesse a oportunidade de ser batizado. Na manhã seguinte, diante do prefeito, os irmãos permaneceram firmes em sua fé. Foram submetidos a vários tormentos antes de serem decapitados.O martírio ocorreu em 304 d.C., e o local tornou-se sagrado em Nantes. Uma igreja foi erguida sobre o túmulo dos irmãos, e o culto aos Mártires de Nantes foi estabelecido. A igreja foi reconstruída após invasões e reconhecida como basílica pelo Vaticano em 1889.