Camilo de Lellis, apesar de um passado conturbado e adversidades pessoais, dedicou sua vida ao cuidado dos doentes e tornou-se um santo. Criado sem mãe e negligenciado por seu pai, ele desenvolveu uma forte paixão por jogos de azar. Acometido por uma doença na perna desde tenra idade, ele enfrentou inúmeros desafios. Depois de servir no exército veneziano, Camilo se viu sem dinheiro e trabalhando em um convento. Um sermão o inspirou a buscar a conversão, levando-o a ingressar no noviciado capuchinho. No entanto, ele foi dispensado devido à sua ferida incurável.

Inabalável, Camilo voltou a San Giacomo e eventualmente se tornou seu superintendente. Ele se dedicou ao cuidado dos doentes e, ao lado de São João de Deus, tornou-se o patrono dos hospitais, enfermeiros e dos doentes. Encorajado por São Filipe Néri, Camilo buscou a ordenação sacerdotal e, aos 34 anos de idade, foi ordenado. Apesar do conselho para permanecer em San Giacomo, ele fundou sua própria congregação e continuou sua missão de servir aos doentes.

A caridade era sua principal preocupação, e ele enfatizava a limpeza e a competência técnica no hospital. Sua comunidade servia prisioneiros, vítimas da peste e aqueles que morriam em casa. Seus homens até formaram a primeira ambulância militar de campo durante batalhas na Hungria e na Croácia. Em Nápoles, Camilo e seus seguidores embarcaram em galés infectadas pela peste, sem permissão para desembarcar. Ele descobriu casos de pessoas sendo enterradas vivas e ordenou orações prolongadas pelos aparentemente falecidos.

Ao longo de sua vida, Camilo sofreu com sua doença na perna. Mesmo em sua doença final, ele deixava a cama para ajudar outros pacientes no hospital. Sua abnegação e dedicação em servir aos doentes exemplificam suas virtudes santas.