São Vito foi um dos santos mais populares da Idade Média, reconhecido como parte do grupo restrito dos Santos Auxiliadores, cuja intercessão era considerada particularmente eficaz em situações de doença ou necessidade específica. Este grupo incluía catorze ou quinze santos, dependendo da região, como Acácio, Bárbara, Brás, Catarina de Alexandria, Ciríaco, Cristovão, Dionísio, Egídio, Erasmo, Eustáquio, Jorge, Margarida, Pantaleão e Vito. São Vito era especialmente invocado para afastar a letargia, mordidas de animais venenosos e hidrofobia.

A tradição narra que Vito já era um cristão convicto aos sete anos, realizando prodígios. O presidente Valeriano tenta fazê-lo apostatar através de adulações e ameaças, mas nem mesmo os apelos desesperados de seu próprio pai, um pagão obstinado, têm sucesso. Vito conta com o apoio do pedagogo Modesto e da ama Crescência. Os três são miraculosamente libertados por um anjo e retiram-se para Lucânia, continuando a testemunhar sua fé com palavras e prodígios. A fama de São Vito teria chegado aos ouvidos de Diocleciano, cujo filho estava doente epilético, uma doença impressionante na época.

São Vito é levado a Roma, cura o jovem e é torturado e jogado novamente na prisão. No entanto, o anjo o liberta e, finalmente, retornando a Lucânia, Vito, junto com Modesto e Crescência, dá o supremo testemunho do martírio. As relíquias de São Vito estão expostas na catedral que leva seu nome, em Praga.