
Edwiges, uma mulher nobre e rica nascida em 1174 durante o período medieval, deixou sua marca em seu tempo. Desde jovem, testemunhou a miséria assumir diferentes formas nas vidas das pessoas ao seu redor, incluindo aquelas que conhecia, convivia e amava.Aos 12 anos de idade, Edwiges se casou com Henrique, um duque europeu, e como princesa da Silésia, atual Polônia, encontrou-se em uma situação completamente diferente daquela com a qual estava acostumada. Seu marido, irmão de um clérigo, mal sabia rezar. Como uma verdadeira cristã, Edwiges assumiu a tarefa de educar seu marido religiosamente, estabelecendo um ambiente de paz em sua casa para a chegada de seus seis filhos.Além de suas obrigações religiosas, Edwiges também se dedicava a ajudar os necessitados. Durante as ausências prolongadas de seu marido, que frequentemente participava das guerras que assolavam a região, ela visitava famílias que viviam em extrema pobreza, buscando auxílio para cada uma delas.Nessas visitas, descobriu que a falta de dinheiro era um dos principais problemas enfrentados pelas famílias. Os agricultores e pequenos proprietários de terra tinham que pagar uma quantia aos proprietários das terras em que trabalhavam, uma parte da colheita que produziam. No entanto, devido ao rigoroso inverno e às condições climáticas adversas, a colheita frequentemente era menor do que o esperado. Incapazes de pagar suas dívidas, os agricultores eram presos e suas famílias ficavam desamparadas, sem ninguém para recorrer. Edwiges, com sua compaixão e generosidade, usava o dinheiro de seu dote para pagar as dívidas dos presos e ajudá-los a recomeçar suas vidas.Preocupada com as mulheres que perdiam seus maridos nas guerras e ficavam vulneráveis a abusos e crueldades, Edwiges construiu conventos em pequenas aldeias para abrigar viúvas e órfãos. Muitas dessas mulheres se tornaram freiras e dedicaram suas vidas a servir a Deus.Após enfrentar a perda prematura de dois de seus filhos e, por último, a morte de seu marido, Edwiges retirou-se para o convento de Trébnitz, onde viveu em jejum e oração até sua morte aos 69 anos de idade.Após sua morte, a fé de Edwiges foi motivo de muitas súplicas e, com vários milagres comprovados, a Igreja Católica a canonizou como santa em 1267, 24 anos após seu falecimento.Até os dias de hoje, seu corpo é venerado no Convento de Trébnitz, na Polônia, e existem igrejas dedicadas a ela em todo o mundo.