
Sisto II foi eleito bispo de Roma em 30 de agosto de 257, em um período em que a Igreja enfrentava perseguições violentas por parte do Império Romano. Seu pontificado, embora breve, teve grande significado. Durante seu tempo como papa, uma controvérsia surgiu sobre a validade do batismo dos hereges, o que gerou divisões entre as igrejas africanas e romanas.No entanto, o pontificado de Sisto II durou menos de um ano. Em 6 de agosto de 258, durante a perseguição liderada pelo imperador Valeriano, que havia intensificado sua fúria contra as autoridades eclesiásticas, Sisto foi capturado enquanto pregava na catacumba de São Calisto. Quatro diáconos também foram presos e decapitados conforme a ordem do imperador.O martírio de Sisto teve um testemunho especial de outro mártir, um dos mais venerados na Igreja primitiva: o diácono Lourenço. Vendo que os soldados de Valeriano pretendiam matar primeiro o Vigário de Cristo, Lourenço, com lágrimas nos olhos, disse: "Para onde vais, ó pai? Nunca subiste ao altar sem a minha companhia. Por que agora, quando ofereces tua própria vida como sacrifício, não me levas contigo?" Lourenço, que sempre acompanhava o bispo na celebração da Liturgia, não queria deixá-lo erguer o cálice de seu sacrifício sozinho. Por isso, com grande coragem e fortaleza, pouco tempo depois, ele enfrentou o martírio na grelha, e até mesmo nas chamas, movido pela força do Espírito Santo, ele disse aos carrascos: "Virem-me, pois este lado já está bem assado".Tanto Sisto quanto Lourenço são exemplos notáveis de fortaleza evangélica. Devido à sua coragem em testemunhar a Cristo e defender a santa fé católica e apostólica, eles foram incluídos no Cânon Romano, também conhecido como Oração Eucarística I. Esses dois santos merecem a mais alta veneração, e acredita-se que, dos seus tronos celestiais, eles intercedem com grande amor por aqueles que ainda estão em sua jornada neste mundo, em direção ao triunfo da glória celestial.