Martinho de Porres, um jovem mulato de Lima, viveu no convento de Nossa Senhora do Rosário no final do século XVII. Apesar de sua pele não ser aceita na sociedade da época, Martinho mostrou-se um rapaz excepcionalmente talentoso. Quando o prior decidiu vender objetos preciosos para pagar as dívidas do convento, Martinho ofereceu-se para ser vendido como escravo no lugar dos objetos. Tocado pela oferta generosa do jovem, o prior o enviou de volta.

Martinho era filho de Ana, uma escrava que teve um relacionamento com seu patrão espanhol. Embora seu pai o tivesse abandonado devido à cor de sua pele, mais tarde ele reconheceu Martinho e ajudou sua mãe a cuidar dele. Martinho demonstrou habilidades como barbeiro e conhecimentos básicos de medicina, além de sua destreza com a vassoura. Ele também era conhecido por sua fé inabalável e sua capacidade de transmitir o Evangelho aos pobres.

A fama de Martinho cresceu rapidamente, conquistando o coração de nobres e vice-reis. Ele era reconhecido por sua caridade e capacidade de curar os enfermos, tornando-se uma autoridade no convento. Martinho também fundou o primeiro colégio da América do Sul para crianças pobres e demonstrou amor e respeito pelos animais.

Martinho faleceu em 3 de novembro de 1639 e foi proclamado santo pelo Papa João XXIII em 1962. Sua história é marcada por seu amor pelas criaturas, semelhante ao de São Francisco de Assis.