Santa Gertrudes Magna, também conhecida como Gertrudes de Helfa, nasceu em 1258 no Mosteiro cisterciense de Helfa, na Saxônia. Órfã desde muito jovem, foi acolhida no mosteiro e recebeu cuidados de S. Matilde, uma mestra espiritual. Gertrudes foi educada em latim e se tornou uma freira dedicada, vivendo a maior parte de sua vida no claustro.

S. Matilde desempenhou um papel crucial na vida espiritual de Gertrudes e outras jovens do mosteiro. Ela ensinou uma espiritualidade profundamente ligada ao chamado místico, e Gertrudes desenvolveu sua espiritualidade de maneira semelhante. Através de suas orações contemplativas, Gertrudes recebeu muitas revelações divinas.

Aos vinte e cinco anos, Gertrudes teve sua primeira visão, que transformou sua vida. Ela relatou suas experiências em um livro chamado "Mensageiro do divino amor", que se tornou uma das obras cristãs mais importantes sobre teologia mística. No livro, Gertrudes descreveu suas experiências de arrebatamento e profunda tristeza causada pelo estudo da Palavra de Deus.

Uma das contribuições mais significativas de Gertrudes foi sua promoção da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, uma prática que se tornaria amplamente difundida no futuro, com a santa Margarida Maria Alacoque no século XVII. Tanto S. Matilde quanto S. Gertrudes frequentemente expressavam seu amor pelo Sagrado Coração de Jesus, e Gertrudes afirmou ter repousado a cabeça no peito de Jesus durante visões, ouvindo os batimentos de seu coração.

A espiritualidade de Gertrudes era marcada por um profundo amor e devoção a Deus, refletidos em sua contemplação mística e em seu compromisso com a vida religiosa. Ela deixou um legado duradouro como uma das grandes místicas cristãs do período medieval, influenciando gerações posteriores de fiéis e deixando uma marca indelével na história da devoção ao Sagrado Coração de Jesus.