
Santa Margarida da Escócia, cujas origens remontam a Mecseknádasd, na Hungria, nasceu no ano de 1046. Seu pai, Eduardo III, exilado de sua nobre família inglesa, viveu na Hungria devido aos conflitos pelo trono da Inglaterra, uma época em que o trono estava ocupado pelo rei da Dinamarca. Porém, em 1054, após o retorno de seu pai à Inglaterra, Margarida conheceu a pátria inglesa, quando tinha entre oito e nove anos de idade.No entanto, a paz foi breve. Com a morte de seu tio-avô, Santo Eduardo, em 1066, os conflitos ressurgiram. A luta entre Haroldo e Guilherme da Normandia fez com que Edgardo, irmão de Margarida, e sua família refugiassem novamente na Escócia, onde seu pai já havia falecido alguns anos antes.Em 1070, Margarida casou-se com o rei Malcolm III, tornando-se rainha da Escócia. Dessa união, nasceram oito filhos, incluindo seis príncipes e duas princesas. Ela buscava criar uma verdadeira Igreja doméstica, que refletisse a graça em sua família.Sob o título de rainha da Escócia, Margarida desempenhou um papel ativo tanto na melhoria pessoal de seu marido, que passou de rude a amável, quanto na administração do reino. Ela eliminou frivolidades e direcionou os recursos reais para atender às necessidades dos menos favorecidos.Sua caridade era notável. Diz-se que ela pessoalmente servia e alimentava mais de cem pobres diariamente. Limpava os pés e beijava as chagas dos necessitados, vendo neles a presença de Cristo.Além de sua atuação caridosa, Santa Margarida da Escócia foi uma propagadora da fé católica. Ela trabalhou para uniformizar os cultos religiosos de acordo com a Igreja de Roma, incentivou práticas como o jejum quaresmal e a celebração da Páscoa, e promoveu a busca frequente pela confissão e a abstenção de trabalhos aos domingos. Ela também incentivou a construção de igrejas, capelas e escolas, contribuindo para a difusão da educação religiosa. Sua influência também levou à fundação de mosteiros por monges beneditinos na Escócia.No momento em que sua saúde se debilitou e seu esposo e filho mais velho perderam a vida em uma batalha, Margarida aceitou a vontade de Deus com serenidade, mesmo diante da adversidade. Com fé, ela agradeceu a Deus pela paciência concedida para enfrentar as adversidades.Santa Margarida da Escócia faleceu em 16 de novembro de 1093, no Castelo de Edimburgo. Ela foi sepultada na igreja da Santíssima Trindade, em Dunfermline, junto ao corpo de seu esposo, o rei Malcolm III.