São Leão Magno foi eleito papa enquanto estava em missão diplomática na Gália. Ao retornar à Roma, foi consagrado como bispo de Roma e começou a governar firmemente.

Na época em que assumiu, após a queda da autoridade imperial e da invasão dos bárbaros, era necessário agir com firmeza nas questões da Igreja. Tanto na África como na Itália, Leão corrigiu abusos e acabou com diversas disputas. Deu autoridade aos bispos espanhóis para que combatessem o priscilianismo, que era uma heresia que condenava o corpo humano como sendo algo mau.

Na Gália, ordenou que o bispo Hilário de Arles não interferisse na administração das outras dioceses gaulesas.

O maior desafio, sem dúvida, estava no oriente. Êutiques, que ensinava que Cristo tinha duas naturezas (uma divina e outra humana) convenceu muitos na região da Síria e Egito. Esses monofisitas, contavam ainda com o apoio do imperador de Constantinopla, Teodósio II. Em 449, o Papa Leão enviou uma carta ao bispo de Constantinopla, Flaviano, condenando o monofisismo. O imperador, ilegalmente, convocou um concílio três meses depois para condenar Flaviano e reabilitar Êutiques.

O Papa, convenceu Teodósio a realizar outro sínodo em Calcedônia, região próxima de Constantinopla, em 452, mesmo que Flaviano dissesse que não era necessário, uma vez que o Papa já havia se pronunciado. Neste sínodo, os bispos condenaram o monofisismo. Esta decisão fez com que muitos sírios, coptas egípcios, etíopes e armênios se separassem da Igreja.

Com a paz restaurada no Oriente, ainda restava o Ocidente, onde o império estava em declínio. Em 452, Átila, o Huno, viajou para o sul e invadiu a Itália devastando a região. São Leão, encontrou-o perto de Mântua e o convenceu a ir embora. Três anos depois, o rei dos vândalos, Genserico, invadiu a África do Norte. São Leão, o convenceu a poupar algumas cidades.

O Papa Leão está sepultado no interior da Basílica de São Pedro desde 688. Tornou-se doutor da Igreja em 1754.