Nascida em 422, em Nanterre, perto de Paris, França, Santa Genoveva teve a sorte de crescer em uma família cristã que lhe proporcionou uma educação sólida na fé cristã desde tenra idade.

Um evento significativo ocorreu quando Genoveva tinha apenas 8 anos. São Germano, bispo de Auxerre, passou por Nanterre em sua jornada para levar o cristianismo aos pagãos na Inglaterra e combater uma crescente heresia. Ao olhar para os pais de Genoveva, ele profetizou que ela seria grande perante Deus e atrairia muitos pecadores para Cristo com sua virtude. Ele presenteou Genoveva com uma cruz e alertou-a sobre a ilusão das riquezas terrenas em comparação com a beleza eterna.

Genoveva levou essas palavras a sério e prometeu seguir firme na fé. Sua vida foi marcada pela oração e santidade desde cedo. Mesmo quando sua mãe a impediu de ir à igreja em um dia, Genoveva insistiu que queria cumprir a promessa feita ao Bispo Germano. Sua mãe a repreendeu, e um tapa no rosto resultou em sua mãe ficando cega por 21 meses.

No entanto, Genoveva não se abateu. Após 21 meses, sentiu o chamado para agir em favor de sua mãe e, obedecendo à inspiração divina, realizou um milagre, restaurando a visão física e espiritual de sua mãe com água da fonte e uma benção em nome de Cristo.

Aos 15 anos, Genoveva ingressou em um convento, onde fez votos de castidade e recebeu o véu das mãos do bispo de Paris. Ela levou uma vida de penitência e dedicação à oração, rejeitando as tentações do mundo. Mesmo enfrentando calúnias por sua devoção a Deus, Genoveva nunca desistiu.

A vida de Genoveva tomou um rumo notável quando ela liderou seu povo contra a ameaça do rei Átila, o "flagelo de Deus", que se preparava para invadir Paris com seu exército. Com fé e determinação, Genoveva reuniu os moradores de Paris e os encorajou a resistir. Misticamente, Átila se afastou misteriosamente, e até hoje não se sabe por que ele desistiu da invasão. Genoveva emergiu como uma líder espiritual respeitada.

Ela também desempenhou um papel fundamental na construção da Abadia de Saint Denis, onde reis da França seriam enterrados, e na construção de uma igreja dedicada a São Pedro e São Paulo, graças à sua influência junto ao Rei Clóvis.

Santa Genoveva faleceu em 3 de janeiro de 502, aos 89 anos, e foi enterrada na igreja dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, que ela ajudou a construir. Ela é venerada como a padroeira de Paris e é lembrada por sua devoção à fé, milagres e liderança em tempos de dificuldade.

Em 1793, os líderes da Revolução Francesa queimaram as relíquias de Santa Genoveva e transformaram a igreja dedicada a ela em um panteão onde foram enterrados os líderes da revolução. Seu túmulo foi reconstruído com suas relíquias na igreja de Santo Estevão do Monte.