O Papa São Miltíades o bispo de Roma nos anos de 311 a 314, quando faleceu. Durante o papado de Melquíades, o imperador romano Constantino ("o Grande") proclamou o Edito de Milão em 313 d.C., fornecendo ao cristianismo, que era perseguido há muito tempo, seu primeiro status legal.

A história não registra o ano exato de nascimento do Papa Miltíades, embora lembre que sua cidadania era romana, sua ancestralidade era norte-africana e ele era descendente de berberes (conforme o Liber Pontificalis).

Após a eleição do Papa São Miltíades, as propriedades da igreja que haviam sido confiscadas durante a notória Perseguição de Diocleciano foram devolvidas pelo líder romano Maxêncio. Várias tradições se associaram ao Papa Miltíades, como a ideia de não praticar jejum aos domingos e quintas-feiras, e a distribuição de pão a todas as igrejas próximas a Roma como expressão de unidade.

Após se converter ao cristianismo, Constantino presenteou o Palácio da Imperatriz Fausta ao Papa Miltíades. Este local se tornaria o Palácio Laterano, a fortaleza e sede do poder para a administração da Igreja Católica e a residência oficial dos papas.

A igreja no norte da África, sofreu uma cisão em torno da eleição do bispo Cecilianus. Donato se opôs ao bispo com base no argumento de que qualquer herege e cismático deveria ser batizado e ordenado novamente antes de recuperar seus cargos anteriores. Os apoiadores de Donato apelaram diretamente a Constantino e solicitaram juízes da província da Gália (atual França) para ouvir o caso. Constantino nomeou o Papa e três bispos para julgar a disputa, tornando-se o primeiro caso em que um imperador romano se envolveu nos assuntos da igreja.

Os donatistas não gostaram desses arranjos do Concílio de Latrão, que agora se centravam nos procedimentos civis romanos e exigiam argumentos apoiados por evidências. Eles saíram do concílio, permitindo que o Papa Miltíades decidisse contra eles e declarasse suas doutrinas como heréticas. Isso não impediu que o donatismo se espalhasse por toda a região da África do Norte. Enquanto isso, eles apelaram novamente diretamente ao Imperador Constantino, que convocou um Concílio de Arles que também decidiu contra as doutrinas dos donatistas em 314 d.C.