Giovani Braschi era de uma família nobre empobrecida. Estudou no colégio jesuíta de Casena esse formou em direito em Ferrara.

Tornou-se secretário papal em 1755 e o Papa Clemente XIII o tornou tesoureiro em 1766. Alguns anos depois, foi consagrado cardeal pelo papa Clemente XIV e retirou-se para um mosteiro em Subiaco.

A época de Giovani era difícil pois no conclave que seguiu à morte de Clemente XIV, sua candidatura foi contestada pela França, Espanha e Portugal devido seu apoio aos jesuítas. Os estados dos Bourbon, queriam criar uma igreja nacional independente de Roma e os Habsburgos queriam limitar os direitos do papa com o objetivo de criar também, uma igreja independente. Dissolveram mais de 700 mosteiros e confiscaram seus bens. O governo publicou orientações para a liturgia e pregação, os cantos foram alterados, peregrinações limitadas e rituais alterados. O papa, viajou em fevereiro de 1782 à Viena, a fim de convencer José II a prometer que nenhuma de suas alterações entrassem em conflito com os dogmas católicos, o que o imperador prometeu cumprir. Logo após o papa partir de Viena, em abril, José suprimiu a abadia e decidiu preencher a arquidiocese de Milão por conta própria.

Pio IV ameaçou José II de excomunhão, o que fez com que o imperador viajasse até Roma e confessou que queria criar uma igreja separada. O papa concedeu o direito a José de nomear bispos nos ducados de Milão e Mântua e pôs fim ao cisma que estava deixando os súditos inquietos.

Em 1787, por sorte, Portugal, onde tinham iniciado as dificuldades dos jesuítas, ganhou uma rainha devota, Maria I, o que solucionou toas das questões pendentes em 1788.

Ainda sob seu pontificado, houve a independência dos Estados Unidos; George II era o primeiro rei britânico desde Jaime II a apoiar os católicos de alguma maneira. Com a independência, os católicos agora estadunidenses, não estariam mais sob a autoridade do vigário de Londres, então, Pio IV procurou Benjamin Franklin, que recomendou que o Padre Carrol, fosse o primeiro bispo de Baltimore, em 1789.

Ainda no mesmo ano, o papa precisou lidar com a revolução francesa, o que na época era irônico já que a França era o país mais rico da Europa. Em 1791 os revolucionários assumiram o controle total da França e aprovam a Constituição Civil do Clero, que separava a igreja francesa de Roma. Pio condenou e sacerdotes que se recusaram a aceita-la foram expulsos e assassinados. O papa ajudou os exilados na medida do possível.

Após tudo isso, os Estados Pontifícios se uniram ao Aliados contra os franceses, mas foram derrotados por Bonaparte em 1796. Em 1798 os franceses tomam Roma, prendem Pio VI confinaram em Valence até seu falecimento, em 1799. Seu corpo foi retirado do exílio e enterrado na basílica São Pedro em 1802.