
Ana e Joaquim eram um casal estéril que vivia uma vida de fé e devoção a Deus. Na tradição, Ana era filha de Achar, irmã de Esmeria, mãe de Isabel e avó de João Batista. Joaquim, por sua vez, era um homem piedoso e rico, com origem na linhagem de Davi.A esterilidade de Ana e Joaquim era vista como um sinal de falta de bênção divina pelos judeus da época. Um dia, ao levar suas ofertas ao Templo, Joaquim foi repreendido por um homem chamado Ruben, que o acusou de não ter o direito de apresentar suas ofertas por não ter filhos.Humilhado e transtornado com as palavras de Ruben, Joaquim decidiu retirar-se para o deserto, onde passou 40 dias e 40 noites suplicando a Deus, com lágrimas e jejuns, por descendentes. Ana também pediu a Deus, em oração, pela graça da maternidade.A história de Joaquim e Ana é comparada à de Abraão e Sara, bem como à de Santa Isabel e outros personagens bíblicos que, na velhice e esterilidade, foram agraciados por Deus com a capacidade de gerar filhos. Após suas súplicas, Joaquim e Ana conceberam uma filha, chamada Mirian (Maria), que significa "a amada, a esperada, a desejada".A boa notícia da gestação de Maria foi anunciada por um anjo, e Joaquim e Ana selaram o anúncio com um beijo diante da Porta Áurea de Jerusalém, um lugar sagrado associado à manifestação divina e ao advento do Messias.Maria foi criada com carinho pelo pai e com amor pela mãe, em uma casa próxima à piscina de Betesda. Nesse local, os Cruzados construíram uma igreja dedicada a Ana, que existe até hoje.Quando Maria completou três anos, Joaquim e Ana a levaram ao Templo para consagrá-la, como forma de agradecimento a Deus. Ana e Joaquim desempenharam um papel especial na história da salvação, pois foram escolhidos por Deus para gerar a Virgem Maria, que por sua vez seria mãe do Filho de Deus.