Papa Vigílio
Nome Completo
Sem informação
Nascimento
500 - Roma
Falecimento
07/06/555 - Roma
Papado
537-555
Brasão Papal
* O primeiro brasão que se tem evidência foi no ano de 1191 (Papa Celestino III).

Vigílio era filho de João, um cônsul de Roma.

Ordenado diácono por Bonifácio II em 531, no mesmo ano, foi nomeado pelo papa seu sucessor. O que não ocorreu, pois, este procedimento nunca chegou a ser utilizado e foi rescindido em menos de um ano.

O Papa Santo Agapito I, impressionado com suas habilidades, o nomeou legado papal do imperador em Constantinopla.

A Imperatriz Teodora, que desejava com todas as forças ter o controle da Igreja para dala aos monofisitas, tentou telo como aliado. Ela lhe prometeu o papado e 700 libras de ouro. Ao saber da morte do Papa Silvério, ele voltou a Roma com cartas do império a seu favor e muito dinheiro.

No entanto, quando Vigílio chegou, o rei gótico já havia nomeado São Silvério como papa.Quando Belisário ocupou Roma e o então Papa, S]ao Silvério foi exilado e condenado, um caminho se abriu.

Vigílio foi entronado em 29 de março de 537. Porém, a maioria do povo e do clero não o reconhecia como papa até a morte de São Silvério.

Nos três anos seguintes, ao lidar com a solução de problemas disciplinares em Portugal e na Gália, Vigílio passou a entender seu papel.

Em 540, enviou cartas a Justiniano e a São Menos, patriarca de Constantinopla, em que reiterava sua aprovação aos ensinamentos de Éfeso e de calcedônia e à condenação de Ântimo.

Quatro anos depois, novas disputas no oriente emergiram. Justiniano emitiu um decreto renovando as condenações imperiais ao origenistmo. Para desviar a atenção do império, o bispo de Cesareia salientou que condenar a escola de teologia na Antioquia, que simpatizava com o nestorianismo, seria uma vitória para os monofisitas. Como Justiniano estava angustiado para reconciliar-se com os monofisitas sem que aceitasse a heresia deles, o fez.

Em 22 de novembro de 545, enquanto a cidade de Roma estava novamente cercada pelos godos, celebrou a Missa na festa de Santa Cecília. Antes do final da missa, o prefeito imperial o agarrou a o tirou da basílica. O povo, pensando que ele estava fugindo, o apedrejou e injuriou à beira do rio Tibre. Vigílio foi levado à Sicília e passou algum tempo lá, de onde enviou uma embarcação de grãos para ajudar a amenizar a fome em Roma. Porém, a embarcação fora capturada pelos godos.

EM dezembro de 546 ou janeiro de 547, Vigílio chegou a Constantinopla e tentou convencer o imperador a enviar tropas para Roma. Como o Papa não apoiou Justiniano na condenação do “Três Capítulos” pois tinha receio das consequências práticas, Vigílio foi proibido de retornar a Roma. Em 548, Vigílio publicou a condenação, porém, logo após o revogou.

Foi convocado então, um concílio em Constantinopla, em 553 e os “Três Capítulos” foram devidamente condenados. Em 554, Vigílio escreveu uma constituição explicando detalhadamente o motivo da condenação (e como Vigílio imaginava, esta decisão causou um cisma que só foi resolvido no ano 700).

O Papa Vigílio pode, finalmente, retornar à Roma na primavera de 555. Todavia, esgotado pelos acontecimentos dos últimos cinco anos, faleceu em Siracusa, na Sicília, durante o trajeto de retorno. Seu corpo foi levado para Roma e sepultado em San Silvestro in Capite