
Nascido em Roma, Plácido era filho de nobres e abastados Tertulo e Faustina, e tinha irmãos chamados Eutíquio, Flávia e Vitório. Em sua juventude, Plácido foi confiado ao zelo de São Bento, uma figura paterna e um mentor espiritual. Sob a orientação amorosa de São Bento, Plácido cresceu como um jovem benevolente, absorvendo os ensinamentos do Evangelho e o espírito ecumênico da mensagem beneditina.À medida que Plácido amadurecia, ele seguiu o caminho sacerdotal e foi enviado à cidade italiana de Messina, na Sicília, com a missão de erguer um mosteiro dedicado a Cristo. Neste cenário, Plácido se tornou o abade do mosteiro e ergueu, ao lado dele, uma igreja dedicada a São João Batista. A presença de seus irmãos saudosos trouxe uma pausa em sua jornada monástica, enquanto eles compartilharam momentos fraternos em Messina.No entanto, em setembro de 541, um terrível revés abalou o mosteiro quando os árabes sarracenos invadiram, desencadeando destruição e morte. Plácido e seus irmãos enfrentaram uma escolha difícil: renegar sua fé em Cristo ou enfrentar a morte. Com coragem inabalável, Plácido falou por todos, declarando que nunca trairiam sua fé. O preço da sua convicção foi brutal, pois os quatro irmãos foram arrastados para a praia e cruelmente assassinados, suas cabeças decapitadas. Seus corpos foram resgatados pelos monges sobreviventes e sepultados na igreja semidestruída.Os esforços para preservar o mosteiro e a igreja ao longo dos anos foram constantemente desafiados por invasões bárbaras, com destruições e reconstruções sucessivas. Somente em 1099, a paz finalmente retornou à Sicília com a expulsão definitiva dos invasores. A reconstrução sob a égide do imperador Rugero resultou na elevação do mosteiro a Priorado Geral. Mas um evento milagroso em 1588 trouxe um novo capítulo à história de Plácido. Ao moverem o altar para ventilar a igreja, as relíquias dos irmãos foram descobertas, acompanhadas por uma fonte de água pura que surgiu milagrosamente.Apesar das provações e da destruição que se seguiram, as relíquias de Plácido e seu primo Mauro encontraram um refúgio seguro na Capela do Mosteiro de Montecassino. Em 1962, a Igreja determinou que os primos fossem celebrados juntos em 15 de janeiro, consolidando sua conexão espiritual. A devoção a Plácido, no entanto, permanece intensa, e os devotos também o honram em 5 de outubro, uma data que antes lhe era dedicada.