Santa Dorotéia nasceu na Capadócia, no final do século III, em uma família cristã que herdou a fé de seus pais. Seus pais foram martirizados pelo Império Romano por se recusarem a renegar Jesus Cristo. Inspirada pela fé de seus pais e pela experiência do martírio deles, Dorotéia escolheu a virgindade como seu caminho, dedicando-se inteiramente ao Senhor por meio da caridade, da oração e do jejum. Ela se tornou um exemplo de santidade, humildade, fé, bondade e prudência.

A perseguição aos cristãos era intensa naquela época, e Santa Dorotéia não passou incólume. Ela foi uma das primeiras cristãs a serem perseguidas por ordens diretas do imperador e do governador chamado Fabrício, cuja missão era erradicar o cristianismo na Capadócia. Durante seu interrogatório, Santa Dorotéia permaneceu firme em sua fé e não renunciou a Jesus, mesmo sob pressão. Ela expressou sua ansiedade em se encontrar com Jesus, que havia chamado seus pais para Si.

Quando sua sentença de morte foi proferida, um advogado chamado Teófilo zombou dela, pedindo que ela enviasse rosas e frutos do jardim de seu Senhor como prova de sua fé. Santa Dorotéia levou a sério esse pedido e, antes de ser decapitada, entregou um lenço a um garoto de seis anos que estava presente e pediu que o lenço fosse entregue a Teófilo. No momento de sua morte, quando o garoto entregou o lenço a Teófilo, ele foi surpreendido por um perfume maravilhoso de flores e frutas. Teófilo se ajoelhou, pediu perdão a Deus por sua perseguição aos cristãos e se converteu à fé cristã.

Teófilo também foi preso e, assim como Santa Dorotéia, não renunciou à sua fé. Ele enfrentou o martírio e deu testemunho de sua fé em Nosso Senhor, levando muitos à conversão.