
A história de Graciano, um dos sete missionários cristãos enviados de Roma para evangelizar a futura região da França, é um testemunho inspirador de coragem e dedicação à fé. A jornada de Graciano começou em 249, quando ele chegou à cidade de Tours, designada pelo papa Fabiano, agora santo, como o local onde exerceria sua função como bispo. A cidade estava mergulhada no paganismo, com ausência de igrejas, negligência aos pobres e marginalização dos enfermos.Graciano enfrentou imediatamente perseguições por parte dos pagãos que se recusavam a abandonar seus deuses falsos. Em meio a épocas de intensa perseguição, o bispo muitas vezes teve que se esconder em locais isolados. Lá, ele reunia os cristãos e interessados em se converter, realizando sacramentos, missas e pregando a palavra de Cristo.Apesar dos desafios, Graciano persistiu, e o número de seguidores do cristianismo começou a crescer. Pela primeira vez, os pobres da cidade receberam atenção e assistência comunitária. Graciano até fundou um hospital para os doentes abandonados, oferecendo cuidados que anteriormente lhes eram negados. Esse intenso e frutífero apostolado perdurou por cinquenta anos.A tradição relata que o próprio Jesus teria aparecido a Graciano para anunciar a proximidade de sua morte. De fato, pouco depois desse encontro, Graciano faleceu, em uma data imprecisa, mas no ano 301. Ele foi sepultado no cemitério cristão que ele mesmo estabelecera nos arredores da cidade.Suas relíquias foram mais tarde transferidas para a antiga Catedral de Tours, originalmente dedicada a São Martinho e atualmente dedicada a São Graciano. Por esse motivo, a catedral é chamada de "La Gatienne" pelos franceses.