
São Potino de Lugduno, foi o primeiro bispo da Gália e de Lião. Seu legado é amplamente registrado em uma carta atribuída a Irineu de Lugduno, uma epístola que ecoa as vicissitudes enfrentadas pela comunidade cristã durante um período tumultuado.No ano de 177, a região de Vienne e Lião testemunhou uma crescente presença de cristãos gregos originários da Ásia. Potino, ocupando a posição de bispo de Lugduno, liderou a comunidade em tempos desafiadores. Foi nesse contexto que Irineu, um sacerdote de Lião enviado por Policarpo, tomou conhecimento da perseguição violenta que assolava esses fiéis.Ao reivindicar sua autoridade como bispo de Lugduno, Irineu destacou Potino como seu antecessor, o pioneiro nessa digna posição. Segundo as palavras de Irineu, Potino, nascido em torno do ano 87, dedicou-se ao serviço episcopal até sua morte aos noventa anos, por volta de 177.O ápice da tragédia ocorreu durante as perseguições de Marco Aurélio, um imperador romano notável por sua tolerância, mas que se mostrou implacável com os seguidores do Cristianismo. Potino, juntamente com seus leais companheiros Alexandre, Átalo, Espágato, Maturo e Sâncio, enfrentou o martírio. A multidão os capturou e os conduziu ao magistrado, onde cada um enfrentou um destino diferente.Potino, suportando abusos na prisão, entregou sua vida como testemunho de sua fé inabalável. Enquanto isso, seus companheiros foram lançados aos animais selvagens no anfiteatro local, consumando assim sua devoção ao cristianismo em meio às adversidades.