Eremita e mártir, conhecido também como Cerneuf, nasceu nas terras da Grécia, mas encontrou refúgio em Sirmium, localizada onde hoje se ergue Mitrovica, nos Bálcãs. Sua vida solitária era marcada pela devoção e pela criação de um jardim que se tornou uma verdadeira jóia da natureza.

De acordo com a tradição, Serenus escolheu a solidão como forma de escapar da perseguição que afligia os cristãos na época. Durante esse período de recolhimento, seu jardim florescia em beleza e harmonia, uma manifestação da paz que ele encontrou em sua fé.

Entretanto, a história de Serenus tomou um rumo inesperado quando uma mulher, inadvertidamente, adentrou seu jardim em um momento inoportuno. Irritado com a intrusão, Serenus a repreendeu, pedindo que ela deixasse o local. A mulher, sentindo-se desrespeitada, retornou à sua casa e compartilhou sua experiência com seu marido, um membro respeitado da guarda imperial.

Preocupado com a indignação de sua esposa, o marido relatou o incidente ao co-imperador Maximiano. Este, por sua vez, ordenou que um magistrado investigasse o ocorrido. O magistrado, durante sua investigação, absolveu Serenus das acusações de tratamento desrespeitoso à mulher. No entanto, ao descobrir que Serenus era cristão e recusava-se a realizar sacrifícios aos deuses, o magistrado proferiu uma sentença terrível.

Serenus foi condenado à decapitação. Assim, ele se tornou um mártir, uma testemunha de sua crença em Cristo até o último suspiro. Sua história serve como um lembrete do preço muitas vezes elevado que os seguidores da fé cristã pagaram por sua devoção nos primeiros tempos da Igreja.