
Pafúncio de Tebas, também conhecido como Pafúncio, o Confessor, foi discípulo de Antônio, o Grande, e bispo de uma cidade na Alta Tebaida no início do século IV. Ele é considerado por alguns como um membro proeminente do Primeiro Concílio de Niceia, realizado em 325. Ele foi perseguido por suas crenças cristãs, tendo sido prejudicado no lado esquerdo e perdido o olho direito por sua fé sob o imperador Maximino, e posteriormente foi condenado às minas.Pafúncio esteve presente no Primeiro Concílio Ecumênico, que tratou do assunto do celibato clerical. Parece que a maioria dos bispos presentes estava inclinada a seguir o precedente do Concílio de Elvira, que proibia relações conjugais para aqueles bispos, padres, diáconos e subdiáconos que eram casados antes da ordenação. Pafúncio, conforme relatam alguns autores antigos, suplicou aos seus colegas bispos para que não impusessem essa obrigação às ordens do clero em questão. Ele propôs, de acordo com "a antiga tradição da Igreja", que apenas aqueles que eram celibatários no momento da ordenação continuassem a observar a continência, mas, por outro lado, que "ninguém fosse separado daquela com quem ele havia sido unido ainda não ordenado". A grande veneração que ele recebeu e o fato bem conhecido de que ele próprio observou a mais estrita castidade durante toda a sua vida deram peso à sua proposta, que mais tarde foi adotada unanimemente. O concílio deixou a critério do clero casado continuar ou interromper suas relações conjugais. Além disso, Pafúncio foi um zeloso defensor da ortodoxia diante da heresia ariana.