Santa Emiliana era uma das tias paternas de Gregório Magno, que se tornou papa entre 590 e 604. Juntamente com suas irmãs Tarsila e Jordâna, Emiliana fazia parte de uma das famílias mais notáveis de Roma. Seus avós incluíam o imperador Olívio e o papa São Félix III, enquanto seu irmão, o senador Jordão, era o pai de Gregório Magno.

Apesar de Emiliana ser menos conhecida do que suas irmãs, sua presença deixou uma marca indelével na vida de seu sobrinho, o papa Gregório Magno. Elas auxiliaram a cunhada Sílvia no cuidado do jovem e delicado Gregório desde seu nascimento. À medida que ele crescia, suas tias o apoiaram em seus estudos e trabalhos. Gregório eventualmente ascendeu a posições de destaque, tornando-se chefe da administração civil de Roma e, mais tarde, monge e papa.

Emiliana, assim como suas irmãs, escolheu o caminho religioso. Ela se tornou uma freira dedicada à vida comunitária e à caridade. No turbulento século VI, marcado por desastres naturais, pestes, guerras e invasões, Emiliana e suas irmãs encontraram um chamado na caridade. Enquanto Tarsila se reclusa guiando e comandando, Emiliana estava nas ruas, cuidando dos pobres e doentes. Ela encarnava a caridade evangélica, amando o próximo como Cristo ensinou.

Gregório Magno registrou um evento extraordinário na vida de Emiliana. Após a morte de Tarsila, Emiliana teria ouvido a voz dela, convidando-a a celebrar a Epifania no céu. Poucos dias depois, Emiliana também faleceu, no dia 5 de janeiro, véspera da festa dos Reis Magos. Sua vida dedicada à caridade e devoção a Cristo a tornou um exemplo a ser seguido, e seu culto é mantido na Igreja até hoje.