Patrício, cujo nome de nascimento era Maewyn Succat, nasceu na Britânia Romana entre 385 e 392, em uma família cristã. Aos quinze ou dezesseis anos, ele foi sequestrado por piratas irlandeses e levado para a Irlanda como escravo. Após seis anos de cativeiro, ele teve um sonho que previa sua liberdade iminente e, seguindo a visão, escapou e percorreu a pé cerca de 200 quilômetros até a costa, onde conseguiu retornar à Britânia e reunir-se com sua família.

Anos depois, Patrício teve outra visão que o chamava para retornar à Irlanda e evangelizar seu povo. Apesar das dificuldades enfrentadas, ele continuou seu trabalho missionário por cerca de quarenta anos, convertendo milhares de irlandeses, estabelecendo a vida monástica e estabelecendo a sede episcopal em Armagh.

Uma tradição associada a São Patrício é a explicação do mistério da Trindade usando um trevo, no qual três folhas estão ligadas por um único caule. Embora a primeira evidência escrita dessa tradição remonte apenas a 1726, acredita-se que suas raízes sejam muito mais antigas. As representações de São Patrício muitas vezes o mostram segurando uma cruz em uma mão e um trevo na outra. Por isso, o trevo se tornou o símbolo do Dia de São Patrício, celebrado em 17 de março, data de sua morte em 461.

Os restos mortais de São Patrício foram transportados e enterrados na catedral de Down, que passou a ser chamada de Downpatrick em sua homenagem.

Em resumo, São Patrício nasceu na Britânia Romana, foi sequestrado e escravizado na Irlanda, mas conseguiu escapar e retornar à sua terra natal. Ele teve uma visão que o chamava para evangelizar a Irlanda e, apesar dos desafios, tornou-se bispo, convertendo muitos irlandeses e estabelecendo sua missão no país. O trevo se tornou um símbolo associado a ele, representando a Trindade.