
Tomé foi um dos doze Apóstolos escolhidos por Jesus. Ele era judeu da Galileia, provavelmente pescador. Durante os três anos de vida pública de Jesus, Tomé o acompanhou como discípulo.Após a morte de Jesus, recebeu o Espírito Santo no dia de Pentecostes e partiu para pregar o Evangelho na Índia. Tomé ficou conhecido por sua dúvida em relação à ressurreição de Jesus, exigindo ver para crer. Essa dúvida representa nossa própria busca por certeza, mas também nos lembra que a fé se manifesta quando a verdade se apresenta.O Evangelho de São João mostra Tomé como uma pessoa melancólica e pessimista, sempre buscando esclarecimentos. Ele expressou seu pessimismo ao dizer que iriam morrer com Jesus e perguntou como poderiam conhecer o caminho. Jesus respondeu que Ele mesmo era o Caminho, a Verdade e a Vida.Tomé duvidou da ressurreição, mas sua incredulidade se tornou uma prova para os céticos. Após a ressurreição e a vinda do Espírito Santo, Tomé pregou o Evangelho entre os partas, medos, persas e também na Índia, onde foi martirizado pelos hindus devido ao impacto de sua pregação. Os católicos de Malabar, na Índia, cultuam São Tomé há dois mil anos, e sua história e martírio foram preservados pela tradição local. Documentos antigos e relatos posteriores confirmam sua presença na Índia, e suas relíquias foram encontradas séculos depois, incluindo um pouco de seu sangue coagulado e uma lança que o feriu mortalmente. A igreja dedicada a São Tomé sobreviveu incólume à devastadora tsunami de 2004, o que reforçou a crença local de que ele havia previsto a proteção divina naquele local. Essa crença levou alguns sacerdotes hindus a cessar a perseguição aos cristãos na região.