São Félix de Nola, de origem síria, era o filho mais velho de Hermias, um soldado sírio que se estabeleceu em Nola, perto de Nápoles, na Itália, após sua aposentadoria. Após a morte de seu pai, Félix tomou a decisão de vender quase todos os seus bens e distribuir o dinheiro aos pobres, seguindo assim sua vocação clerical. Ele foi ordenado presbítero pelo bispo Maximus de Nola.

A vida de Félix se desenrolou durante as perseguições aos cristãos sob o Imperador Décius. Durante esse período tumultuado, o bispo Maximus e Félix fugiram para as montanhas para escapar da perseguição. Félix enfrentou prisão, espancamentos e tortura, mas se recusou a renunciar à sua fé cristã. Segundo a lenda, um anjo interveio e o libertou da prisão para cuidar do bispo doente.

Félix escondeu o Bispo Maximus em uma casa abandonada, onde, de acordo com a tradição, uma aranha tecia rapidamente uma enorme teia sobre a porta, dando a impressão de que a casa estava desocupada há muito tempo. Esse sinal divino afastou os soldados imperiais que, ao passar pela casa, não entraram devido à aparente desolação.

Com a morte do Imperador Décius em 251 d.C., as perseguições aos cristãos diminuíram, e Félix continuou a servir a Deus e sua comunidade. Após a morte do Bispo Maximus, Félix foi convidado a assumir o cargo de bispo de Nola, mas ele recusou em favor de Quintus, um padre mais antigo e experiente.

São Félix de Nola dedicou-se a sua pequena fazenda, doando tudo o que produzia aos pobres e doentes da região. A maior parte das informações sobre sua vida provém das cartas e poesias que ele enviava a São Paulinus de Nola, que serviu como porteiro na igreja dedicada a São Félix e que mais tarde escreveu uma espécie de biografia do santo.

Félix faleceu em 255 de causas naturais, embora seja comumente considerado mártir devido às torturas e privações que sofreu durante as perseguições aos cristãos. Seu túmulo tornou-se um local de peregrinação, e vários milagres foram atribuídos à sua intercessão.