Maglório, nascido em 535 na diocese de Vannes. Filho de Afrelia e Umbrafel de Dol, sua vida se entrelaça com os eventos e personagens marcantes de sua época.

Na juventude, Maglório encontrou a luz do conhecimento na escola de São Iltuto, onde se nutriu das tradições monásticas e da convivência com seu primo, São Sansão. Juntos, eles exploraram os caminhos da espiritualidade, preparando-se para um destino inesperado.

Após a morte do abade do Mosteiro da Ilha de Caldey, Sansão assumiu o manto de liderança e Maglório, agora diácono, acompanhou-o em uma jornada que os levaria a desbravar as costas da Bretanha. A dupla destemida espalhou o Evangelho, estabelecendo mosteiros que seriam faróis de fé em tempos turbulentos.

A sabedoria e a devoção de Maglório o conduziram à posição de abade, e seu mosteiro próximo a Dol prosperou sob seu olhar atento. Com o tempo, o chamado do dever levou-o a um novo papel: o de bispo-abade, seguindo os passos de Sansão.

Enquanto os anos avançavam, Maglório encontrou-se ansiando pela solidão e reflexão. Com um coração generoso, passou o bastão de liderança a Budoco e retirou-se para a ilha de Sark. No entanto, o destino pregou-lhe uma ironia, pois a solidão que ele buscava foi substituída por uma comunidade fiel de discípulos. Nasceu um novo mosteiro em Sark, sob a orientação sábia de Maglório, que perseverava em sua vida penitente.

A austeridade era sua companheira constante. Dias de jejum absoluto nas quartas e sextas-feiras forjaram sua determinação, enquanto ele se alimentava com moderação nos outros dias. A indulgência era concedida apenas em solenidades especiais, quando peixes pequenos eram servidos para alegrar seus discípulos.

A passagem do tempo foi marcada por desafios, incluindo a fome que varreu a terra em 586. Maglório, apesar de seus próprios sofrimentos, guiou seus seguidores com coragem. O Martirológio Romano o reconhece em 24 de outubro de 605, lembrando a todos que ele foi um peregrino incansável da fé.