São Tarcísio, um mártir da Igreja dos primeiros séculos durante a perseguição do imperador Valeriano em Roma, é celebrado como exemplo de fé. Ele era um acólito, servindo ao altar e acompanhando o Papa Xisto II nas celebrações eucarísticas. Em um período de perseguição aos cristãos, Tarcísio demonstrou grande devoção ao sacramento do Corpo de Cristo.

Naquela época, os cristãos eram brutalmente perseguidos, e muitos estavam presos aguardando o martírio. Tarcísio, com apenas doze anos, ofereceu-se para levar a eucaristia a um grupo de mártires na prisão. O Papa Xisto II abençoou-o e deu-lhe o Pão sagrado em uma caixinha de prata. Entretanto, Tarcísio foi identificado no caminho e, fiel à sua missão, recusou-se a entregar o que portava. Foi apedrejado até a morte, mas os agressores não encontraram nenhum sinal do sacramento de Cristo em seu corpo.

Posteriormente, seu corpo foi recolhido e enterrado nas catacumbas por um soldado cristão. O papa Dâmaso colocou uma inscrição em sua sepultura, registrando sua morte em 15 de agosto de 257. Inicialmente sepultado junto ao papa Estêvão nas catacumbas de Calisto, seu corpo foi transferido para a basílica de São Silvestre por ordem do papa Paulo I, e em 1596 foi definitivamente colocado sob o altar principal da basílica.

São Tarcísio é reconhecido como padroeiro dos coroinhas ou acólitos, honrando sua devoção e sacrifício em relação à Eucaristia.