Santa Júlia é conhecida por ter recebido o martírio na ilha de Córsega, através do suplício da cruz. Ela era uma jovem cristã de origem cartaginesa que foi vendida como escrava. Durante a invasão de Cartago, Júlia foi comprada por um homem chamado Eusébio, que, apesar de ser pagão, admirava a coragem e devoção com que ela praticava sua fé.

A rotina diária de Júlia era marcada por suas devoções e práticas cristãs. Durante sua hora de descanso, ela dedicava-se à leitura e à oração, demonstrando seu amor por Deus. Além disso, praticava o jejum com frequência, recusando-se a interrompê-lo, exceto no domingo da Ressurreição, mesmo quando seu patrão tentava persuadi-la.

O destino de Júlia tomou um rumo sombrio quando o navio de Eusébio atracou no porto de Cabo Corso. Durante uma festa pagã, Eusébio foi entorpecido pelos pagãos, momento aproveitado para raptar Júlia, que permanecera a bordo da embarcação. Diante das pressões para renegar a fé em Cristo, Júlia manteve-se firme, afirmando que sua verdadeira liberdade estava em servir a Cristo.

Júlia foi submetida a torturas e flagelos, mas não cedeu em sua fé. Enfrentando tormentos, ela confessava sua fé com grande ardor e clamava que aceitaria o martírio para merecer a palma do martírio, não negando sua devoção ao Senhor. Finalmente, Santa Júlia foi crucificada.