Santa Matilde de Ringelheim, filha de nobres saxões, nasceu em torno do ano 895. Foi educada pela avó, também chamada Matilde, abadessa de um convento de beneditinas em Herford. Contrariando as normas sociais da época, Matilde recebeu uma educação excepcional, aprendendo a ler, escrever e estudar teologia e filosofia. Casou-se aos catorze anos com Henrique, duque da Saxônia, que mais tarde se tornou rei da Alemanha.

O reinado de Henrique I e Matilde foi caracterizado por justiça e felicidade para o povo. Matilde era conhecida por sua generosidade, especialmente para com os súditos pobres e doentes. Durante seu tempo como rainha, ela fundou conventos, escolas e hospitais, contribuindo para o bem-estar da população. Henrique I fortaleceu o reinado, tornando a Alemanha uma líder na Europa e mantendo a paz na nação, permitindo que ele se concentrasse em questões externas.

Após a morte de Henrique I, seu primogênito Oton foi coroado rei, mas seu irmão Henrique desafiou a sucessão. Uma guerra eclodiu entre as forças aliadas dos dois príncipes, resultando no exílio de Matilde, acusada de esbanjar os bens da coroa com a Igreja e os pobres. Triste e sofrendo, ela se retirou para o convento de Engerm.

Anos mais tarde, Oton e Henrique se arrependeram de suas ações e devolveram os bens de Matilde. Ela, preferindo uma vida religiosa, permaneceu no convento onde desenvolveu o dom das profecias após muitas penitências e orações. Matilde faleceu em 968 e foi sepultada ao lado de seu marido, Henrique I, no convento de Quedlinburgo.