São Barachiso e São Jonas foram dois irmãos da cidade de Beth-Asa, que viveram no século IV durante um período de intensa perseguição à Igreja na Pérsia. Pouco se sabe sobre o início de suas vidas, mas suas histórias ganharam destaque quando começaram a visitar e confortar cristãos encarcerados na cidade de Hubahan.

Naquela época, o imperador Sapor comandava uma cruel perseguição contra os cristãos, ordenando prisões e execuções para aqueles que não aceitavam adorar e prestar culto aos falsos deuses.

Jonas e Barachiso eram cristãos fervorosos e foram profundamente comovidos pela situação dos cristãos presos. Corajosamente, decidiram visitá-los para encorajá-los a manterem a fé em Jesus Cristo.

No entanto, ao demonstrarem sua fé, foram presos e levados diante de um juiz. Ao se recusarem a adorar os falsos deuses, o juiz ordenou que fossem separados. Barachiso foi colocado no calabouço, enquanto Jonas foi cruelmente açoitado e depois lançado em águas cobertas de gelo com os pés amarrados.

O juiz então informou Barachiso das torturas infligidas a Jonas, alegando que ele tinha adorado os deuses pagãos. Barachiso não acreditou nas falsas acusações e fez um discurso inspirado pelo Espírito Santo em defesa do cristianismo. Impressionado, o juiz decidiu continuar as torturas somente à noite, longe do público, temendo que suas palavras pudessem converter mais pessoas.

Como castigo, mandou colocar ferros em brasa no corpo de Barachiso e chumbo derretido em suas narinas e olhos. No dia seguinte, a mesma tortura foi infligida a Jonas, com a falsa alegação de que seu irmão Barachiso havia adorado os deuses pagãos. No entanto, Jonas permaneceu firme em sua fé e recusou-se a renegar a Cristo.

Enfurecido, o juiz ordenou que fossem torturados até a morte. O martírio desses dois irmãos é considerado um dos episódios mais tristes da história do cristianismo nos primeiros séculos.