Olímpia, proveniente da mais alta nobreza bizantina, teve sua vida marcada por uma dedicação profunda a Deus e ao serviço dos necessitados. Após se casar muito jovem com o prefeito de Constantinopla, sua vida tomou um rumo inesperado quando enviuvou aos 20 anos de idade. Ao invés de buscar um novo casamento, ela optou por consagrar sua vida a Deus e utilizar sua imensa riqueza para criar um hospital e um orfanato. Para liderar essas instituições de caridade, ela se tornou superiora das religiosas que as serviam.

Um episódio significativo na vida de Olímpia foi a defesa do patriarca João Crisóstomo. Quando ele foi injustamente expulso do Patriarcado de Constantinopla, Olímpia permaneceu leal a ele, recusando-se a reconhecer o sucessor irregularmente nomeado. Sua fidelidade a Crisóstomo a colocou em conflito com as autoridades, resultando na perseguição de sua comunidade e na dispersão das religiosas que a acompanhavam.

Diante das adversidades, Olímpia não vacilou em sua fé e compromisso. Ela partiu para o exílio, onde continuou a viver sua vida dedicada a Deus e aos menos favorecidos. Sua passagem pelo mundo foi breve, mas deixou um legado poderoso de caridade, coragem e integridade. Olímpia faleceu ainda jovem, mas sua vida exemplar é lembrada como um testemunho de como uma pessoa, mesmo da mais alta nobreza, pode escolher um caminho de humildade, generosidade e serviço aos outros.